O sucesso dos "tablets" é algo incontestável. E pensar que há algum tempo atrás ouvira falar do KINDLE da Amazon e achei o equipamento muito interessante, com a proposta de leitura de e-books, com o formato de "papel eletrônico".
Com o IPAD da Apple, inaugurou-se uma nova fase sob minha ótica, nestes aparelho, agregando outras mídias além da leitura de livros, o que com certeza criou e ainda criará várias oportunidades no mercado.
A promoção médica durante décadas segue praticamente um mesmo modelo - o material impresso, com as informações científicas, ou em forma de material para ser entregue (tipo revista), ou na forma de ajudas-visuais, que servem como "outdoor" para a apresentação dos temas científicos. A intenção claramente é ajudar a fixação da marca e dos conceitos diferenciadores de cada produto frente ao público-alvo (neste caso, o médico).
No final dos anos 80, algumas empresas, "pioneiras" tentaram colocar em prática, formas inovadoras de promoção, utilizando vídeo-discos, com apresentações animadas, tentando um impacto visual ainda mais importante, o que nos poucos minutos que cada representante tem frente ao médico, pode representar um ganho de "mind share". Porém, além de um custo proibitivo para a época, a tecnologia não permitia grande ganho em termos de interação do representante e seu interlocutor (por ser ainda muito estática, como assistir a um DVD em casa).
Com a chegada do IPAD, isto parece ter uma tendência a mudar. A simples possibilidade de termos um material "impresso na tela", gerando um impacto visual diferente, até a utilização de vídeos, entre outros, parece permitir uma total interatividade entre o representante e o médico, o que pode revolucionar a forma como se faz propaganda atualmente.
Os primeiros indícios dão conta de uma redução de custos importante, pois não se utilizará mais material impresso (em grande quantidade) e somente arquivos eletrônicos. Os desdobramentos disto podem ser sentidos no futuro dos periódicos (jornais, revistas, livros) que também devem ter um destino parecido, ou seja, passarmos de arquivos em papel para arquivos eletrônicos. No caso da propaganda médica, as empresas farmacêuticas parecem agora, dispostas a começar uma "corrida" na busca de diferenciação e também redução de custos, com a utilização dos IPADs.
A Eurofarma realiza a maior aquisição de iPads do país para equipar sua equipe de propagandistas, anunciando a compra de 600 unidades de iPads, tablet produzido pela Apple Inc. É a maior aquisição feita por uma empresa no Brasil, com um investimento em torno de R$ 1,5 milhão que impactará diretamente no atual formato de promoção médica da companhia.
Com o novo equipamento, a empresa acredita que o trabalho dos propagandistas junto a classe médica se torna mais interativo e dinâmico, com maior agilidade na difusão de informações. Além disso, contribui com o meio ambiente, pois reduz a impressão dos materiais em papel. “É uma revolução no setor farmacêutico. Com o iPad, os propagandistas poderão fazer demonstrações de produtos com interatividade, junto à classe médica. Outro benefício, é que esse tipo de trabalho envolve treinamento, controles e outros tipos de documentos e estamos buscando uma solução única que traga outros benefícios além da importante redução de impressões. Nossa estimativa é que deixaremos de imprimir inicialmente cerca de 55 toneladas”, explica Roberta Junqueira, Diretora Comercial de Prescrição Médica.
A Eurofarma possui a maior força de propaganda médica do Brasil. Somente na área de prescrição são aproximadamente 1.500 propagandistas que realizam mensalmente uma média de 380 mil contatos médicos, levando informações científicas sobre produtos e patologias. “Com os iPads, os profissionais terão uma plataforma integrada de comunicação que facilitará a interface com os médicos e com a empresa. Além da praticidade, a ferramenta possibilita maior criatividade na elaboração dos materiais”, afirma Roberta.
Os aparelhos já estão em poder da Eurofarma, que oferecerá treinamento a toda a equipe. A expectativa é que a propaganda médica no novo formato ocorra a partir de março.
Enfim, parece que no futuro, a interatividade será outra "barreira" a ser modificada na propaganda médica, passando para outro patamar.
É esperar para ver!
Nenhum comentário:
Postar um comentário