segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Hypermarcas compra Mantecorp

O grupo Hypermarcasconcluiu ontem a compra do laboratório nacional Mantecorp, conforme antecipou o Valor. A transação foi avaliada em R$ 2,5 bilhões - dos quais R$ 600 milhões em dinheiro e R$ 1,9 milhão em ações da companhia.

O pagamento será dividido em duas partes. Os atuais controladores da Mantecorp, a família Mantegazza, receberão R$ 600 milhões em dinheiro. Os R$ 1,9 bilhão restantes serão quitados com ações da Hypermarcas, sendo que metade desses papéis não poderá ser negociada por um período de seis meses. Com a emissão das novas ações para a compra do laboratório, o bloco de controle dos acionistas da Hypermarcas será diluído. A empresa foi procurada, mas não quis comentar a aquisição.

A venda do laboratório nacional já estava sendo negociada há alguns meses. Nesse período, a família Mantegazza estava em conversações avançadas com outra farmacêutica nacional, a Aché, que pretendia fazer uma fusão de ativos para depois abrir seu capital, possivelmente em 2011, para brigar pela liderança nacional do setor.

As negociações tiveram uma reviravolta nas últimas semanas, quando o grupo Hypermarcas, que também já estava no páreo, começou a fazer marcação cerrada. A inglesa GlaxoSmithKline (GSK) também tinha feito uma oferta, mas bem abaixo do fechado pela companhia para o grupo Hypermarcas, conhecido no mercado por seu estilo agressivo de fazer negócios.

Com mais essa aquisição, a Hypermarcas vai adicionar às suas mais de 160 marcas uma lista de medicamentos tradicionais, como o antigripal Coristina, os antialérgicos Polaramine e Celestamine, o antipirético e analgésico Alivium, a linha de proteção solar Episol e de hidratantes Epidrat. A Mantecorp também tem uma pequena divisão de genéricos, a Brainfarma, que poderá receber investimentos para ganhar maior robustez no mercado, após essa transação.

Desde o fim do ano passado, a Hypermarcas tem jogado pesado para ganhar maior participação no mercado farmacêutico, que até antes dessa operação respondia por quase 40% de sua receita total - estimada em R$ 4 bilhões para 2010.

No fim de 2009, a empresa deu uma tacada certeira com a compra da Neo Química, desbancando a farmacêutica americana Pfizer, para adquirir um dos maiores laboratórios especializados em genéricos, instalado em Anápolis, em Goiás. No complexo goiano, a empresa está dobrando a atual infraestrutura e ampliando o centro de distribuição. Neste mesmo local, a Hypermarcas está promovendo a incorporação de suas outras duas empresas farmacêuticas, a DMe Farmasa.

A mais recente aquisição da companhia nesse segmento foi em novembro, com a compra de três
marcas de medicamentos da farmacêutica Medley, controlada pela francesa Sanofi-Aventis: a Digedrat, Peridal e Lopigrel.

Com a aquisição da Mantecorp, a Hypermarcas deverá se tornar o maior laboratório nacional em receita, com faturamento estimado pelo mercado em torno de R$ 2,2 bilhões em 2010.

Para a família Mantegazza, a decisão de vender a Mantecorp reflete a delicada situação financeira da companhia, sobretudo nos últimos meses. No ano passado, o laboratório sofreu um forte golpe em sua receita, quando perdeu o licenciamento de vendas de importantes produtos, como o Remicade, da americana Schering-Plough, que foi recentemente adquirida pela também americana Merch Sharp & Dhome (MSD). Com a retomada desses produtos, as vendas do laboratório tiveram forte queda.

O bloco de controle dos acionistas da Hypermarcas, composto pelo empresário João Alves Queiroz Filho, o Júnior, pelos mexicanos e pela família Limirio Gonçalves (ex-proprietários da Neo Química), será diluído com a emissão de novos papéis para comprar a Mantecorp. O
Valor apurou que sua fatia conjunta deverá cair para algo em torno de 45%, tornando a Hypermarcas a maior companhia de capital pulverizado do setor no Brasil.
A Mantecorp tem em torno de R$ 740 milhões de vendas brutas e R$ 360 milhões de margem bruta, o que deve gerar um resultado adicional expressivo para a Hypermarcas, já que as empresas apresentam sinergias. O Ebtida a ser acrescido pela Mantecorp para a Hypermarcas deve chegar a R$ 250 milhões.

Com uma fábrica no Rio, a Mantecorp deverá promover a expansão fabril da Hypermarcas pelo país, que só adquiriu uma fábrica própria após a compra da Neo Química, que já possuía uma infraestrutura organizada em Anápolis (GO). Por sua localização geográfica, a inglesa GSK, com fábrica no Rio, também tinha interesse em adquirir a companhia e ganhar mais uma unidade de produção no país.

A Mantecorp contratou a butique de fusões e aquisições Inspire Capitale o escritório Martins, Chamon e Franco. A gigante Hypermarcas foi assessorada pelo BR Partnerse Credit Suisse e pelo Souza Cescon.

Fontes próximas à Hypermarcas garantem que essa não deverá ser a última aquisição da companhia no setor farmacêutico. O grupo quer fazer sua expansão no mercado de OTC ("over the counter", ou depois do balcão), com produtos de marcas com forte apelo de vendas. Essa última aquisição também deverá dar maior espaço à companhia no segmento de medicamentos de prescrição médica, onde a companhia ainda tem muito espaço para crescer.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Leo Pharma investe US$ 7,5 milhões em abertura de filial no país

A indústria farmacêutica promete expansão para os próximos anos com a entrada de novas empresas no mercado brasileiro. Isto é uma boa notícia, pois além de investimentos no país, geramos mais empregos e trazemos novos produtos e inovações que são importantes em suma para a população e para a classe médica em geral.

Este é o caso da Leo Pharma, laboratório dinamarquês que investirá 70 milhões de dólares no Brasil até 2015.

O laboratório farmacêutico dinamarquês Leo Pharma, um dos líderes mundiais em tratamentos dermatológicos, inicia sua operação no país com investimento inicial de 7,5 milhões de dólares – e pretensão de investir até 70 milhões de dólares em 2015 na expansão da companhia.Desde a década de 80, a empresa tinha quatro de seus quinze medicamentos globais vendidos no Brasil por meio de um acordo com o Laboratório Roche. A partir de janeiro, com o encerramento da parceria, a companhia passa a distribuir e importar seus remédios diretamente, com a intenção de trazer novos medicamentos em breve.

“Nosso plano de expansão abrange outros países com grande potencial de crescimento, como México, China, Japão, Rússia, Vietnã e Estados Unidos”, disse Peter Kallestrup, diretor Regional da América Latina da Leo Pharma.Em 2009, a companhia faturou 1,1 bilhão de dólares e investiu cerca de 1,3 bilhão de dólares na abertura de novas filiais – incluindo a brasileira. “Contávamos com um caixa forte, de cerca de 3,7 bilhões de dólares, e não precisamos de recursos de terceiros para investir”, afirma Kallestrup. A Leo Pharma pertence integralmente a Fundação Leo, instituição independente de capitais externos.Por meio da Roche, a venda dos quatro medicamentos da empresa no Brasil somava 18 milhões de reais. Mas a empresa acredita que o mercado brasileiro ainda pode ser melhor explorado. Segundo a companhia, o Brasil é hoje o décimo maior mercado em vendas, do ramo farmacológico – o faturamento do setor chega a 13 bilhões de reais.


Mercado brasileiro


Uma das principais especialidades da companhia é desenvolver terapia tópica (cremes) para a psoríase, uma doença inflamatória crônica de pele que atinge cerca de 3% da população mundial. A empresa acredita que 3 milhões de brasileiros tenham a doença, mas apenas 5% estejam em tratamento.“ Investiremos em divulgação de informações sobre a doença, prêmios para pesquisadores, além de trazer novos medicamentos para o tratamento”, afirma Heloisa Simão, diretora da Leo Pharma no Brasil. A empresa calcula que tenha hoje 17% do mercado brasileiro de medicamentos para psoríase.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Nova regra para venda de antibióticos ainda confunde pacientes

Depois de um longo período, trabalhando em vários projetos de ACESSO de medicamentos, visando o mercado emergente (classes D e E) no Brasil, volto a postar mensagens no BLOG. E não poderia deixar de comentar a grande mudança de cultura que iremos enfrentar com a regulamentação para a venda de antibióticos no Brasil.

Falo em grande mudança, pois imaginava-se que a compra de antibióticos de forma espontânea fosse grande, e também, a eventual troca de produtos nas farmácias, buscando um eventual menor preço. Agora estamos falando de seguir rigidamente a prescrição do médico, que deve ser clara, objetiva e de fácil leitura, com validade curta de duração, o que irá trazer ainda um período de adaptação.

A nova regra para venda de antibióticos causou muita confusão no primeiro dia útil (29/11) em vigor. Oito em cada dez clientes das principais redes de farmácias do País tiveram que sair com as mãos vazias, de acordo com levantamento feito pela Abrafarma (Associação Brasileira de Farmácias e Drogarias).


“Metade deles estava sem receita e a outra metade estava com a receita errada”, detalhou Sérgio Mena Barreto, presidente da associação. A norma da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) prevê uma receita de duas vias para a venda de antibióticos, sendo que uma delas deve ficar retida na farmácia.


As receitas já eram necessárias anteriormente, mas eram receitas convencionais, em apenas uma via, sem a necessidade de retenção nos estabelecimentos. Além disso, a prescrição passa a ter validade de apenas dez dias. Ela deve estar em letra de forma, sem rasuras, com nome completo do paciente, nome do médico, registro profissional, endereço completo, telefone e assinatura.


Quem efetua a compra também passa a ser identificado, com nome, documento de identidade, endereço, telefone e data de emissão. A farmácia ou drogaria é obrigada a anotar, no verso da via retida, o lote do remédio, com data e quantidade vendida.A medida foi publicada em 28 de outubro e entrou em vigor ontem (28/11), restringindo a venda de 93 substâncias como amoxicilina, azitromicina e benzetacil. “O prazo foi curto. Faltou uma campanha eficiente para informar a população e os prescritores (médicos e dentistas)”, avalia Barreto.


Combate à automedicação

O infectologista Arnaldo Lopes Colombo, presidente da Sociedade Paulista de Infectologia (SPI) e professor da Unifesp, vê com bons olhos a medida da Anvisa. “Ela é necessária e importante para evitar a automedicação, que pode tornar bactérias mais resistentes”, aponta o especialista.Muitos pacientes, conta o médico, confundem infecções virais com infecções bacterianas e tomam antibióticos por conta própria. “Isso causa efeitos adversos desnecessários”, afirma.Outros pacientes, por se sentirem melhor já no início do tratamento, suspendem o uso da medicação antes do prazo dado pelo médico. Isso favorece a proliferação de bactérias resistentes. No início do tratamento, o antibiótico mata as bactérias mais fracas e precisa de mais alguns dias para completar o serviço. Se a medicação for interrompida, as bactérias restantes tornam-se mais resistentes.


Superbactéria

Apesar de importante, a nova regra da Anvisa ainda não é suficiente para conter o avanço das superbactérias, como a KPC, responsável pela morte de alguns pacientes no Brasil.Isso porque tais bactérias, resistentes a muitos antibióticos, são típicas do ambiente hospitalar e precisam de regras e campanhas voltadas a hospitais e clínicas. “O profissional de saúde precisa ser melhor educação e orientado na prescrição de medicamentos”, ressalta Colombo. O especialista enfatiza a necessidade de várias regras no ambiente hospitalar, entre elas medidas simples como lavar as mãos constantemente. “Isso já ajuda muito no combate à proliferação de bactérias”, afirma.Quando os primeiros casos de bactérias multirresistentes começaram a ser registrados, a Anvisa chegou a recomendar o isolamento dos pacientes infectados. “É preciso também haver um controle hospitalar dos antibióticos prescritos”, defende o infectologista.


Fonte: Portal IG - Bruno Folli

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Novas regras para venda em farmácias começam a vigorar nesta quinta

Começam a vigorar na quinta-feira (18) as novas regras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a venda de produtos em farmácias.

Pela regulamentação, fica proibida a venda de produtos de conveniência e restringidas a exposição de medicamentos nas prateleiras. Os estabelecimentos que descumprirem a norma podem pagar multas de até R$ 1,5 milhão.

As novas regras integram a RDC 44, resolução de 17 de agosto de 2009 da Anvisa, que dispõe sobre as Boas Práticas Farmacêuticas. Segundo o texto da resolução, as medidas são necessárias para assegurar a qualidade e segurança dos produtos oferecidos e dos serviços prestados em farmácias e drogarias, além de contribuir para o uso racional desses produtos e para a melhoria da qualidade de vida dos usuários.

Uma das determinações da resolução é que só podem ser expostos nas prateleiras produtos de perfumaria e fitoterápicos. Para a compra de remédios como analgésicos ou antiácidos, o cliente terá que pedir ao farmacêutico, pois esses medicamentos devem ficar atrás do balcão de atendimento.

Quem descumprir as regras pode pagar multas que variam de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão.

Além das multas, o estabelecimento pode ser penalizado com a apreensão de mercadoria e até cancelamento do alvará de funcionamento.

De acordo como presidente executivo da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), Sérgio Mena Barreto, a medida será ruim para as farmácias.

Segundo ele, no Brasil existem 15 mil farmácias onde também funcionam serviços bancários.

"São inúmeros municípios no Brasil que não têm nenhum banco público. O maior prejudicado é o cidadão, pois se as farmácias não têm mais receita, elas vão cortar custos ou aumentar os preços, além da diminuição da oferta de empregos".

Barreto assegura que todas as farmácias brasileiras já têm uma medida judicial e não precisam cumprir essa resolução. Além da Abrafarma, que já havia obtido uma decisão judicial em outubro do ano passado, as entidades que cobrem as outras farmácias, (ABC Farma e a Febrafarm) também já obtiveram decisões judiciais.

"Não há base legal para que a Anvisa proíba farmácias de vender produtos de conveniência nos estabelecimentos. Isso tinha que estar numa lei e não está. A Anvisa foi além da sua capacidade legal, e portanto, essa decisão não é válida e aí nós temos várias medidas judiciais a respeito", disse.

De acordo com a Anvisa a resolução está vigente e deverá ser cumprida por todos os estabelecimentos do país. A agência afirma que nenhuma liminar foi concedida para desobrigar o cumprimento integral da norma.

As liminares concedidas são temporárias e limitadas, pois aplicam-se somente às Instruções Normativas IN nº 9 e 10, que tratam da venda de produtos alheios à saúde e da exposição dos medicamentos isentos de prescrição, afirma a agência.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

VARIAçãO DE PREçOS DE MEDICAMENTOS PODE CHEGAR A 1.400%, DIZ PROCON-SP

Pesquisa realizada pela Fundação Procon-SP e pela Secretaria da Saúde de São Paulo mostra que a variação nos preços de medicamentos semelhantes pode chegar a 1.415%. O levantamento, divulgado nesta terça-feira, aponta que o consumidor deve pesquisar preços antes da compra.

Os dados levam em conta os preços de uma loja a outra e comparação entre o medicamento referência e o genérico. De acordo com a secretaria, apesar de os medicamentos genéricos serem mais baratos, também apresentem variações de preços por serem produzidos por diferentes laboratórios.

A pesquisa envolveu 103 itens --62 de referência e 41 genéricos-- em 15 estabelecimentos farmacêuticos da cidade.

Preços

Veja abaixo as três maiores diferenças constatadas pela pesquisa:

- Hidantal (Fenitoína), 100 mg., 25 comprimidos - diferença: 1.415%
Maior preço do medicamento referência: R$ 6,06 (Drogão - região Sul)
Menor preço do medicamento genérico: R$ 0,40 (Farmalife - centro)

- Voltaren (Diclofenaco Sódico), 50 mg., 20 comprimidos - diferença: 964,55%
Maior preço do medicamento referência: R$ 20,12 (Drogaria São Geraldo - região oeste)
Menor preço do medicamento genérico: R$ 1,89 (Drogaria Campeão - centro)

- Tylenol (Paracetamol) - 200 mg/ml, gotas 15 ml - diferença: 879,19%
Maior preço do medicamento referência: R$ 14,59 (Drogasil - região norte; Drogão e Droga Raia - região sul)
Menor preço do medicamento genérico: R$ 1,49 (Drogaria Campeão - centro)
Fonte: Folha Online

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

ROCHE PESQUISA VIRUS DA AMAZôNIA PARA FABRICAçãO FUTURA DE VACINAS

A Roche Diagnóstica, divisão do grupo suíço Roche, começa a fazer este ano pesquisas para identificar os diversos vírus da região da Amazônia para fabricar futuras vacinas. "Queremos conhecer as especificidades desses vírus", afirmou Pedro Gonçalves, presidente dessa divisão de negócios da companhia no Brasil. Os estudos serão feitos em parceria com o Instituto Evandro Chagas (IEC), do Pará, e a Universidade de Columbia, nos EUA.

Esses estudos, que ainda estão em fase incipiente, devem começar ainda neste mês. Para colocá-los em prática, a companhia vai utilizar equipamentos de última geração, que possibilitam o sequenciamento genético desses vírus. Mais de 100 variedades deles poderão ser estudadas.

Márcio Nunes, coordenador do projeto pelo IEC, disse que o objetivo é fazer o sequenciamento genético de diversos vírus patogênicos para o homem. Os estudos iniciais serão específicos para dengue, febre amarela e hantavírus. Segundo Nunes, não existe sequenciamento desses tipos de vírus na América do Sul, apesar da grande incidência da doença.

A partir do sequenciamento genético dos virus, será possível desenvolver anticorpos monoclonais, o que poderá reverter em resposta a um agente patogênico. "Também poderemos identificar novos vírus", afirmou Nunes. O coordenador disse que o governo federal disponibilizou cerca de R$ 4 milhões para estimular a pesquisa.

A Roche vai utilizar equipamentos de alta tecnologia para o processo de sequenciamento genético desses vírus. Gonçalves lembra que a companhia foi a precursora, nos anos 90, da chamada tecnologia PCR (Polymerase Chain Reaction, em inglês, ou reação em cadeia da polimerase), que amplifica o DNA. O processo de PCR foi patenteado pela companhia suíça em 1993.

A Roche Diagnóstica fez trabalho semelhante na África. O grupo rastreou vírus emergentes no continente africano e tem um projeto na África oriental que monitora os vírus existentes e identifica futuras ameaças. A meta é identificar possíveis pandemias em fase precoce. Com isso, conseguiu uma identificação confiável do vírus do HIV.

"Cumpriremos em 2010 os nossos planos de levar soluções diagnósticas para todo o Brasil", afirmou Gonçalves. "Vamos vencer o desafio geográfico do Brasil", disse o executivo, referindo-se à extensão territorial do país.

Esse mesmo processo de sequenciamento genético já foi usado na agropecuária. Segundo Gonçalves, a empresa adotou o processo para cana-de-açúcar e gado.

A divisão Diagnóstica trabalha junto com a área farmacêutica no que o grupo se concentra nos últimos anos: a medicina personalizada. O desenvolvimento de medicamentos biotecnológicos, por meio de manipulação genética, tornou-se a forte aposta do grupo. Não interessa ao grupo entrar na produção de genéricos, segmento fortemente responsável pela perda das vendas de grandes companhias farmacêuticas do mundo.

A empresa especializou-se no desenvolvimento de produtos dedicados a grupos específicos de pacientes, impulsionando a medicina personalizada. "Os diagnósticos representam de 50% a 60% da decisão dos médicos", afirmou Gonçalves. A Roche tem forte atuação em oncologia, virologia, doenças autoimunes, metabólicas e do sistema nervoso central.

sábado, 30 de janeiro de 2010

Aché - investimento pesado na produção de genéricos

O laboratório nacional Aché está investindo R$ 120 milhões para produzir medicamentos genéricos e similares que estão para perder a patente nos próximos meses. Entre 2010 e 2011, cerca de 25 medicamentos de marcas deverão ter sua versão genérica no mercado interno. "Temos mais de 100 projetos em andamento, que deverão ser lançados nos próximos três anos", disse José Ricardo Mendes da Silva, presidente da companhia.

Terceiro maior laboratório de genéricos do Brasil, com faturamento bruto de R$ 1,9 bilhão (dados preliminares de 2009), o Aché está acompanhando atento os medicamentos de marcas que terão perda de patente entre este ano e o ano que vem. Neste ano, serão cerca de 10 novos produtos, entre genéricos e similares do Aché no mercado interno.

Segundo Mendes, a empresa também deve intensificar acordos para licenciar medicamentos no Brasil. A companhia busca parcerias de "mão dupla". Ou seja, o Aché licencia medicamentos de um laboratório internacional e também concede seus produtos para o mesmo fim para a comercialização no país de origem da companhia parceira.

Em 2007, a empresa fechou dois importantes acordos neste sentido. Um com a mexicana Silanes - para levar medicamentos da linha cardiometabólica ao México - e com a alemã Beiersdorf - para trazer ao Brasil a linha de dermocosméticos Eucerin. Neste ano, o laboratório planeja fazer o lançamento de sua própria linha de produtos dermatológicos, afirmou Mendes.


Pesquisa e Desenvolvimento


O grupo também já está investindo R$ 70 milhões em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) de novos medicamentos. Mendes negou que a companhia tenha virado alvo preferencial de possíveis aquisições por parte de outros laboratórios - embora tenha sido sondado diversas vezes nos últimos meses.
O executivo afirmou que vai negociar parceria com uma multinacional para medicamentos voltados para oncologia, mas não entrou em detalhes. A empresa tem entre seus principais medicamentos o Alenia (para asma), Artrolive (artrose), Betalor e Lotar (cardíacos).


TRAJETÓRIA

Fundado em 1966, o Aché conta com dois complexos industriais, um em sua sede em Guarulhos (Grande São Paulo) e outro na capital paulista, no bairro Jurubatuba. O portfolio da empresa elenca 250 marcas em cerca de 600 apresentações de medicamentos sob prescrição, genéricos e MIP (isentos de prescrição). A companhia é controlada pelas famílias Dellape Baptista, Siaulys e Depieri.

Nos últimos anos, a empresa engrossou o movimento de consolidação no setor. Em 2003, o laboratório incorporou a farmacêutica alemã Asta Médica do Brasil. Dois anos depois, deu um importante passo com a compra da Biosintética Farmacêutica, que possibilitou à companhia entrar no segmento de genéricos - hoje os produtos são comercializados sob a marca comercial Genéricos Biosintética.

Em 2008, a empresa firmou parceria com a americana RFI Ingredients, marcando sua entrada no mercado americano e canadense com a comercialização do creme anti-inflamatório Acheflan. Atualmente, o Aché exporta seus produtos para 12 países.

Fonte: Valor Econômico

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

BNDES negocia compra de participação na Hypermarcas

Entrada no capital faz parte da estratégia do banco de criar um grande grupo farmacêutico nacional

O BNDES negocia a aquisição de uma participação na Hypermarcas, empresa que tem expandido sua atuação na área farmacêutica por meio de aquisições. A negociação, segundo fontes, gira entre R$ 1 bilhão e R$ 1,5 bilhão. Interessado na consolidação do parque farmacêutico nacional, o BNDES estuda uma forma de fortalecer ainda mais a Hypermarcas para que a empresa possa manter sua estratégia de compra de ativos no setor e ampliar sua atuação na área de genéricos.

Só no ano passado, a Hypermarcas fez cinco operações de aquisição. Na área farmacêutica, a compra do laboratório Neo Química há um mês, por R$ 1,42 bilhão, deu à empresa o terceiro lugar entre as farmacêuticas nacionais, com a entrada na área de genéricos e similares. Em 2008, pouco depois de abrir o capital, já tinha incorporado o laboratório Farmasa e liderava o mercado de medicamentos sem prescrição. De olho no forte crescimento do setor, que passou incólume pela crise, a Hypermarcas aumenta a participação dos medicamentos em seu portfólio, que também tem cosméticos, higiene pessoal, limpeza e alimentos.

No ano passado, o BNDES decidiu mudar sua estratégia para estimular a consolidação entre os laboratórios nacionais, já que o perfil familiar predominante dificulta os negócios. Passou a oferecer aos controladores a possibilidade de a subsidiária BNDESPar se tornar sócia das empresas, uma forma de viabilizar investimentos e operações de fusão e aquisição. O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, tem recebido executivos de várias empresas. Cogitou a possibilidade com algumas, mas as conversas estão mais adiantadas com a Hypermarcas.

O chefe do Departamento de Produtos Intermediários Químicos e Farmacêuticos do BNDES, Pedro Palmeira Filho, confirmou que o banco negocia com a Hypermarcas, mas não deu detalhes das tratativas. "Estamos conversando. Teria muito sentido se o BNDES pudesse capitalizar a Hypermarcas para que ela pudesse fazer novas aquisições, inclusive no exterior", disse. Se o negócio for concretizado, será a primeira participação do banco em uma farmacêutica. A BNDESPar poderia ficar com uma fatia entre 10% e 30% das ações da Hypermarcas. Procurada, a empresa não comentou a informação.

INTERNACIONALIZAÇÃO

O BNDES tem aumentado o seu apoio a fusões e à internacionalização de empresas brasileiras. Operações recentes com o apoio do banco criaram gigantes como JBS-Friboi e Brasil Foods, no setor de alimentos, e Fibria, no de celulose. Fortalecer o setor farmacêutico é uma das prioridades da política industrial do País para evitar a sua desnacionalização. Por isso, o BNDES mantém linhas de financiamento especiais para o setor por meio do Profarma, cuja carteira já acumula R$ 1,3 bilhão. A participação acionária é um dos instrumentos do banco para fomentar a consolidação no setor, mas ainda não foi usada.

Segundo Palmeira, o BNDES pode ajudar grupos nacionais a encontrar no exterior ativos que permitam a entrada em áreas estratégicas, como a biotecnologia. "Há empresas de biotecnologia, inclusive nos EUA, que cabem no bolso de brasileiras", diz o executivo, para quem o movimento da Hypermarcas poderá levar outras empresas a fechar operações de consolidação.

Na visão do BNDES, só a formação de empresas nacionais com faturamento entre R$ 3 bilhões e R$ 4 bilhões pode deixá-las menos vulneráveis às multinacionais. O banco não gostou da venda da brasileira Medley para a Sanofi-Aventis em 2009, e acompanhou com apreensão o assédio da Pfizer ao Neo Química.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Marketing de Experiência cresce em meio a ações virtuais

A tecnologia avança na vida dos consumidores e é cada vez mais comum a criação de ações virtuais para envolvê-los com a marca. Redes sociais, e-mail marketing, aplicativos com serviços e games são algumas das ferramentas mais usadas por empresas na hora de chamar a atenção do consumidor. Mas e a experiência real? E o contato direto com a marca?

Com o crescimento e certa padronização das ações virtuais como “acesse, cadastre-se e concorra”, a diferenciação está sendo feita na prática, literalmente. Basta perceber que ações de experiência de marca ganham espaço nas estratégias de grandes empresas como Alcatel-Lucent, D-Link, além de Itaú, Gerdau e IBMEC. Nelas, o objetivo principal é ressaltar a importância dos sentimentos e emoções para que uma empresa seja lembrada e admirada.

Especializada em Experience Marketing, a agência O Melhor Da Vida fechou parceria com empresas para oferecer experiência como recompensa. Mas não só para clientes. A agência elabora ações de incentivo para colaboradores a fim de promover o encantamento com a marca, que é mais propenso a acontecer quando ela passa a fazer parte da memória destas pessoas.


Experiência X bens materiais


A D-Link criou o Gourmet Experience há cerca de um ano com o objetivo de premiar os distribuidores com experiências relevantes. A partir de uma experiência diferente de uma premiação com bens materiais, a marca é fixada na mente do consumidor de forma emocional. “Ao dar uma TV, a pessoa sabe o valor. Uma experiência fora do padrão fica marcada na mente”, diz André Teixeira, Gerente de Marketing de volume da D-Link, em entrevista ao Mundo do Marketing.

A empresa de produção de equipamentos de networking, conectividade e comunicações de dados realizou ações de experiência para seus fornecedores como o Gourmet Experience. A ação levou convidados para uma aula de culinária com um renomado Chef de cozinha promovendo assim um melhor relacionamento com fornecedores, além de posicionar a marca de forma saudável e inovadora.

Mas não basta fazer uma ação pontual de experiência. É necessário dar continuidade ao trabalho de emocionar e encantar, oferecendo sempre novas e diferentes opções de experiência. “Promovemos a manutenção com experiências diferentes para cada distribuidor. Depois de ações de incentivo e de confraternização daremos uma diária em um Hotel Fazenda”, adianta Teixeira.


Estratégia para conhecer o consumidor


Eventos de grande porte já não são mais tão eficazes para estreitar o relacionamento com os consumidores segundo Lucila Frias, Gerente de Marketing da Alcatel. Após realizar uma pesquisa para saber o que agrada o público executivo, a Alcatel-Lucent decidiu criar o Gourmet Show, em que o consumidor pode escolher entre as opções de peça de teatro com direito a jantar no restaurante DOM, camarote no GP Brasil, ou ser piloto por um dia na Fórmula 1. “Temos clientes com perfis diferentes. Por isso fizemos algo que pudesse agradar a todos”, explica Lucila ao site.

De acordo com a executiva, o Marketing de experiência é uma oportunidade de conhecer e saber o que os clientes da empresa precisam e quais são os seus objetivos. “Nossos produtos não são de venda imediata e esta é uma oportunidade única para gerar a proximidade e a facilidade de contato”, conta Deise Palma, Analista de Marketing.

Na contramão vem a D-Link. A empresa desenvolveu uma ação de experiência para o consumidor final, mesmo sem ser esse o público-alvo da companhia. “Fizemos algumas ações voltadas para os usuários finais oferecendo viagem com tudo pago. Desta forma conseguimos motivar, premiar e incentivar o usuário final a procurar o nosso produto”, afirma Teixeira.


Virtual X real


Segundo Jorge Nahas, CEO da agência O Melhor Da Vida, a experiência ajuda a proporcionar qualidade de vida para funcionários e clientes, oferecendo emoções. “A experiência envolve sentimento, emoções, e isso gera uma ligação a mais com a marca. Ativando esses sentidos, a marca passa a ter lembrança perene”, acredita Nahas.

Apesar de novo no Brasil, este conceito cresce principalmente devido ao seu caráter de diferenciação. “Cada vez mais as empresas e os produtos são iguais e o mercado depende de pessoas para fazerem a diferença. Não adianta mais premiar em dinheiro ou com bens materiais porque vivemos um paradigma onde o grande diferencial são emoções transmitidas para toda a cadeia de valor de um negócio”, ensina o CEO de O Melhor Da Vida.

Segundo ele, o mercado de Marketing de experiência cresceu 45% em 2009, mas no exterior foram gastos € 75 bilhões somente este ano. Estes números devem continuar crescendo principalmente por conta das novas tecnologias que surgem a todo o instante. Mas não em prol da ações de experiência. “Quanto mais tecnologia, maior a distância do mundo real. A partir disso, o consumidor valoriza mais as experiências que envolvem emoções e mexem com seus sentidos”, completa Jorge Nahas.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Novartis quer comprar 52% da Alcon por US$ 39 bilhões

A suíça Novartis fez uma oferta para comprar o restante a Alcon - companhia de produtos oftalmológicos - que está sob o controle da Nestlé e dos acionistas minoritários. A transação está avaliada em US$ 39,3 bilhões.

A Novartis informou que planeja comprar os 52% da Nestlé na Alcon por US$ 28,1 bilhões em um acordo que deixará a fabricante de medicamentos da Suíça mais perto de seu objetivo de se tornar um conglomerado global na área de cuidados com a saúde.

O acordo elevará a participação da Novartis na Alcon a 77%. A empresa suíça também lançou uma oferta para comprar a participação de acionistas minoritários, oferecendo 2,70 ações da Novartis para cada ação da Alcon. Isto é o equivalente ao preço de US$ 153 por ação, ou um total de US$ 11,2 bilhões. Os acionistas da Alcon terão a opção de receber American Depositary Shares (ADSs) da Novartis.

Em 2008, a Novartis comprou 25% da Alcon por US$ 10,4 bilhões após acordo com a Nestlé, pelo qual obteve a opção de adquirir a fatia restante da Nestlé na Alcon por US$ 181 por ação, mas não antes de 1º de janeiro de 2010.

A Novartis e farmacêuticas rivais como a GlaxoSmithKline e Sanofi-Aventis estão avançando em segmentos como consumo e genéricos à medida em que enfrentam a maior perda de proteção de patentes da história.

Jeffrey Holford, analista na corretora Jefferies em Londres, disse que a Novartis precisa do controle total da Alcon para conseguir as sinergias planejadas e que deve acabar pagando mais no fim.

Em comunicado em sua página eletrônica, a farmacêutica suíça avaliou que o negócio é do interesse de todos os acionistas e dará a clareza necessária com relação ao futuro da Alcon.

"A adição da Alcon vai fortalecer nosso portfólio de cuidados com saúde e nossa posição em cuidados oftalmológicos, um setor com crescimento dinâmico", afirmou Daniel Vasella, executivo-chefe da Novartis.

A Novartis recordou que, em 2008, adquiriu uma participação de 25% na Alcon por US$ 10,4 bilhões, ou US$ 143 por ação. A proposta atual, que se for aceita estará sujeita à aprovação das autoridades regulatórias, deve ser concluída durante o segundo semestre deste ano.

Os custos da compra total da Alcon, incluindo a fatia inicial de 25% obtida em meados de 2008, são estimados em US$ 49,7 bilhões, observou a Novartis na nota. A empresa pretende financiar a obtenção dos 52% estantes da Alcon com recursos existentes e mais US$ 16 bilhões em financiamento externo da dívida de curto e longo prazo.

A Alcon é mais conhecida dos consumidores por suas soluções para lentes de contato, mas a maior parte de seus US$ 6,28 bilhões em vendas em 2008 veio de produtos usados em cirurgias e medicamentos para doenças dos olhos, como glaucoma.


Operação da Nestlé


A Nestlé anunciou ontem que irá recomprar 10 bilhões de francos (US$ 9,6 bilhões) em ações depois de vender sua participação na Alcon - uma sinalização, na opinião de analistas, de que a companhia não tem planos imediatos de comprar uma empresa do porte da Cadbury Plc. A operação de recompra, que deve durar dois anos, terá início quando um programa de 25 bilhões de francos que está em andamento acabar. Isto deve acontecer ainda este ano, de acordo com comunicado da Nestlé.

"A Nestlé deverá aumentar o volume de ações a serem recompradas", disse Olaf Toelke, analista Standard & Poor's. "A Nestlé também não nos parecer estar tão apta a fazer uma aquisição", acrescentou Toelke. O analista classifica a companhia com AA e com perspectiva de estabilidade. "O cenário mais provável no futuro próximo é de uma erosão gradual do retorno financeiro aos acionistas e também de pequenas aquisições", disse o analista.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Começo de ano! Um bom momento para um BALANÇO GERAL da carreira....


Sempre que começamos um novo ano é muito natural estabelecermos metas para o novo ano.

Gostaria de poder contribuir com este tipo de avaliação, notadamente do ponto de vista profissional, com uma análise um pouco mais "completa" e aprofundada. O ideal é fazermos um bom balanço geral sobre o ano anterior, vendo onde evoluímos, onde estagnamos, e onde definitivamente não conseguimos sucesso. Creio que é um bom começo, e pode ajudar muito na avaliação geral do profissional, e com isto, estabelecer objetivos "mais focados".

Num mundo competitivo, é importante termos em mente que continuar evoluindo é condição "sine qua non" para avançar no mercado. Este "check list" foi tirado da Revista Você S/A, e gostaria de compartilhar com vocês que acompanham o blog.

O teste a seguir, desenvolvido pela consultoria em RH Ricardo Xavier, de São Paulo, ajuda você a fazer seu balanço anual de carreira. Reserve um tempo, pegue um lápis e confira.


Evolução intelectual

O desempenho intelectual está relacionado ao uso que você faz das coisas que aprende. Se em 2009 você fez um curso e aplicou o conhecimento no trabalho, teve bom rendimento. É importante colocar na balança também as coisas que leu, as informações que trocou, o conhecimento que disseminou. “Conhecimento não é apenas absorção de informações, mas, principalmente, troca e integração com os outros”, diz Rosa Bernhoeft. Você fala hoje sobre algum assunto com mais propriedade do que fazia há um ano? É um sinal de que você evoluiu.


Em 2009 sua evolução intelectual foi:

[ ] Excelente

[ ] Boa

[ ] Razoável

[ ] Medíocre (ou regrediu)


Amadurecimento emocional

A forma como você lida com suas emoções tem relação direta com seu crescimento na carreira. Pessoas muito impulsivas, que reagem mal a situações de pressão, e de difícil trato tendem a enfrentar mais obstáculos para persuadir pares, chefes e equipe. Olhe para o ano que passou e liste situações difíceis que vivenciou e a forma como reagiu a elas. Em quais delas você sentiu que perdeu o controle? Como isso interferiu nos seus resultados? Além disso, é importante também contar com o feedback do pessoal do escritório. “Um colega do trabalho é capaz de avaliar seu comportamento com imparcialidade, já que não está emocionalmente envolvido”, Neli Barboza, da Ricardo Xavier.


Em 2009 seu amadurecimento emocional foi:

[ ] Excelente

[ ] Bom

[ ] Razoável

[ ] Medíocre (ou regrediu)


Ampliação da experiência

Avalie se você se acomodou em 2009. À medida que você cresce na carreira, aumenta também o nível de complexidade dos problemas e situações do dia a dia. Aprender com essas situações é uma qualidade. A ampliação de experiência está relacionada a fazer coisas diferentes do usual — muito ligada à sua capacidade de empreender no trabalho. Que novas experiências ou processos você obteve no trabalho este ano? Como você exercia determinadas atividades e como passou a executá-las? “Para quem tentou criar coisas novas, mas foi barrado na empresa, talvez seja hora de pensar em mudar”, diz Neli.


Este ano sua experiência:

[ ] Ampliou significativamente

[ ] Teve uma boa ampliação

[ ] Teve uma ampliação razoável

[ ] Teve uma ampliação medíocre (ou inexistente)


Nível de motivação

É muito raro manter-se motivado por 365 dias, mas o saldo no ano precisa ser positivo. “Para quem atinge as metas, mas não está com tanto gás, o próximo passo é ter queda na produtividade”, diz Neli. Para essa análise, questione-se: com que interesse você tem exercido suas atividades? Diante dos projetos, em geral, você sente vontade de se envolver e continuar? O ideal é que o número de aspectos do trabalho que o motivam seja maior ou, no máximo, igual ao de aspectos desanimadores. Do contrário, 2010 deve ser o ano de mexer os pauzinhos e trocar de emprego.


Em 2009 sua motivação:

[ ] Cresceu ou manteve-se em nível excelente

[ ] Manteve-se em nível bom

[ ] Manteve-se em nível apenas suficiente

[ ] Decresceu ou manteve-se em nível baixo


Evolução na empresa

Cuidado: crescer não significa apenas promoção ou mudança de cargo. Sim, esses são indicativos claros, mas há outros a serem avaliados neste balanço. Você passou a ser convocado para reuniões maiores? Participou de projetos mais estratégicos? Tem recebido feedback positivos do chefe, dos pares e dos parceiros de negócio sobre seu trabalho? Esses são bons sinais de que, mesmo sem a formalização do seu crescimento com uma promoção, você ascendeu na companhia.


Sua evolução na empresa em 2009 foi:

[ ] Excelente

[ ] Boa

[ ] Razoável

[ ] Sofrível


Busca por resultados

Toda companhia está atrás de resultado e usa isso como critério de avaliação. Portanto, este quesito é fácil de ser avaliado: você atingiu suas metas este ano? No entanto, por ser uma avaliação mais objetiva e de retorno mais rápido, atenção: “É preciso cuidado para não focar demais em trazer resultado e descuidar dos outros aspectos comportamentais”, diz Rosa, da Alba Consultoria.


Em 2009 sua busca por resultados foi:

[ ] Excelente

[ ] Boa

[ ] Razoável

[ ] Medíocre


Nível de reconhecimento

De nada adianta entregar resultados bons, chegar a um cargo estratégico ou ter diversos cursos no currículo sem ter credibilidade com as pessoas que o cercam. “Quanto mais alto na hierarquia, mais o profissional precisa contar com os outros”, diz Rosa. A cada novo passo de sucesso as pessoas vão parabenizá-lo? Você sente que suas relações no trabalho são sinceras ou apenas fazem parte de um jogo de interesses? Se você for promovido para o lugar do seu chefe, será bem aceito pelo time? Atenção a isso.


Em 2009 o reconhecimento que você conquistou foi:

[ ] Excelente

[ ] Bom

[ ] Razoável

[ ] Medíocre


Ampliação do network

Uma boa rede de contatos nem sempre é a mais numerosa. Não basta conhecer gente nova. É preciso manter contato ao menos uma vez por ano, seja por e-mail, seja um encontro presencial. “A rede de relacionamento deve ser um ativo do profissional, e não um inventário”, afirma Rosa Bernhoeft. “O ideal é filtrar as pessoas com as quais não quer perder contato e manter os laços”, diz Neli. Você investiu na qualidade de seus relacionamentos em 2009?


Em 2009 sua rede de relacionamentos teve crescimento:

[ ] Excelente

[ ] Bom

[ ] Razoável

[ ] Fraco ou insuficiente


Credenciais
Este ponto está ligado ao número de cursos e certificações agregado ao currículo. Mais do que quantidade, é importante avaliar quão alinhadas as novas credenciais estão ao seu plano de carreira e às expectativas da empresa. Apesar de não ser a única forma de aprendizado, os cursos têm grande relevância para o sucesso da carreira e devem estar presentes entre suas prioridades.


Em 2009 o crescimento de suas credenciais foi:

[ ] Excelente

[ ] Bom

[ ] Razoável

[ ] Fraco ou insuficiente


Remuneração
Dinheiro não é tudo, mas a remuneração importa muito na carreira. Serve para medir o prestígio e indica que a empresa reconhece seu trabalho. Mas, como neste ano muitas empresas congelaram os salários, a falta de aumento não deve ser encarada como sinal de estagnação. Porém, é importante diferenciar o que está relacionado às políticas da empresa do seu desempenho pessoal. “Se os outros critérios avaliados foram negativos, a remuneração tende a refletir esse desempenho”, diz Neli Barboza.


Então, em 2009, o crescimento de sua remuneração foi:

[ ] Excelente

[ ] Bom

[ ] Razoável

[ ] Ínfimo ou inexistente

RESULTADO

AGORA QUE VOCÊ FEZ SUA AVALIAÇÃO, SOME OS PONTOS DE ACORDO COM A PONTUAÇÃO A SEGUIR:


Para cada resposta A, marque 2 pontos

Para cada resposta B, marque 1 ponto

Para cada resposta C, marque 0 ponto

Para cada resposta D, marque -1 ponto


ENTRE 14 E 20 PONTOS

Ótimo resultado. A manutenção da sua evolução no próximo ano depende de uma visão clara e atualizada de seus pontos fortes e fraquezas, aspectos de satisfação e insatisfação, e tudo o mais que possa afetar seu poder de decisão. Cuidado apenas para não negligenciar em 2010 os aspectos em que se saiu bem este ano, focando apenas nas deficiências.


ENTRE 7 E 13 PONTOS

É possível que você esteja com uma taxa de competitividade pessoal abaixo da necessária para uma boa evolução na carreira. Faça uma análise mais aprofundada das áreas nas quais teve baixa pontuação, procure as causas delas, discuta questões com gente de sua confiança e busque alternativas de melhoria.

Faça uma revisão de sua postura frente a seu trabalho, considerando suas preferências e objetivos de vida. Identifique quais fatores podem estar interferindo em seu resultado para que possa planejar suas ações e tomar decisões de acordo com aquilo que você busca.

Muitas pessoas ainda acreditam que a carreira é coisa do acaso ou está nas mãos da empresa, tornando-se dependentes do ambiente e dos outros.


ENTRE 1 E 6 PONTOS

Você provavelmente precisa rever suas decisões básicas de carreira, como área de trabalho, empresa, objetivos de curto, médio e longo prazo, além de suas atitudes e estratégias fundamentais. A partir de uma boa revisão, poderá refazer seu projeto de carreira e entrar em rota de crescimento no próximo ano.


IGUAL OU MENOR A O

A sua situação requer medidas urgentes, pois provavelmente está gerando desgaste e estresse elevados. Faça uma avaliação aprofundada de tudo: suas escolhas, a empresa em que trabalha, a área funcional, seus objetivos e alternativas adotadas para atingi-los. Busque feedback e ideias para melhorar — ou, quem sabe, mudar radicalmente sua trajetória profissional.

Fonte: Revista VOCÊ S/A