quinta-feira, 23 de julho de 2009

Brasil é o 4º preferido das múltis para investir

De olho no mercado brasileiro, multinacionais apontam o País como o quarto destino preferido para investimentos nos próximos dois anos, segundo uma pesquisa da Conferência das Nações Unidas (ONU) para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad).

A entidade também apurou que haverá queda de 50% no fluxo de investimentos no mundo em 2009, leve retomada em 2010 e recuperação "substancial" em 2011. Os Brics (Brasil, Rússia, Índia e China) ocupam quatro dos cinco primeiros lugares entre os preferidos dos investidores.A pesquisa ouviu mais de 240 multinacionais.

Dessas, 50% planejam investir em 2011 mais do que investiram em 2008 - no caso das asiáticas, o porcentual chega a 57% e no das americanas, a 71%. Esse resultado indica que o processo de internacionalização será retomado, ainda que forma mais lenta.Outra diferença: o padrão mudará e haverá preferência cada vez maior pelos países emergentes. Segundo a Unctad, a crise deu "novo ímpeto" a essa tendência.

Os países ricos continuarão a atrair investimentos, mas crescerá o papel dos emergentes nas estratégias das multinacionais. A liderança na preferência das múltis é a China, com 56%, seguida pelos Estados Unidos (48%).

A quebra de empresas americanas atrairá investidores até de países emergentes, por causa do baixo preço. O mercado interno, a desvalorização do dólar e a perspectiva de que o país saia da crise antes da Europa e do Japão também contribuem para atrair investimentos. A terceira posição entre os principais destinos é da Índia.

Pelo levantamento, o Brasil passou da quinta posição em 2008 para a quarta posição. Foi citado por 25% dos entrevistados. Essa posição decorre do maior interesse pelo mercado brasileiro e da queda da atratividade da Rússia, que até 2008 ocupava a quarta posição no ranking. Este ano, a Rússia caiu para a quinta posição.

POR CONTINENTE

O Brasil também é o quarto destino preferido das empresas europeias, superando Rússia e Reino Unido, e das japonesas.

Entre as americanas, o Brasil é o quinto, acima dos próprios Estados Unidos. Mas é o sexto no caso dos investimentos asiáticos (excluindo o Japão).A pesquisa apontou que o principal atração dos investimentos é o tamanho do mercado, seguido do crescimento econômico. Incentivos fiscais são só o 13º motivo.

No caso do Brasil, 20% das empresas indicaram que são atraídas pelo tamanho do mercado e 19%, pela perspectiva de crescimento. Ineficiência do governo e infraestrutura são os pontos fracos.O Brasil, ainda em 2009, está sendo beneficiado por um comportamento estável dos investimentos no setor agrícola.

"O Brasil tem amplos recursos naturais, um mercado doméstico que cresce e tem mostrado que poderá sair da crise com certo conforto", disse James Zhan, autor do levantamento. Para ele, os setores manufatureiro, de mineração e agrícola devem receber o maior volume de investimentos.

O levantamento não significa que o Brasil receberá maior volume de investimentos que os países ricos, mas um número maior de empresa vê o País como um destino mais atraente que, por exemplo, todos os países da Europa Ocidental.Entre janeiro e maio deste ano, os investimentos no País chegaram a US$ 11,2 bilhões.

O volume foi o segundo maior da década nesse período. A perspectiva para 2009 é de US$ 25 bilhões, segundo levantamento com o mercado financeiro feito pelo Banco Central. O valor é inferior ao recorde de US$ 45 bilhões em 2008.

Mas, se a projeção para 2009 se confirmar, o volume será o sexto maior desde 1947 e o quarto mais importante da década. "O Brasil caminha bem, um crescimento deve ocorrer e o País desenvolve novas indústrias ,como de etanol e mineração", comentou Zhan.No restante do mundo, a Unctad apurou que os investimentos caíram 54% no primeiro trimestre do ano.

As aquisições e fusões recuaram 77%, com queda de 50% nos emergentes. Se a tendência dos investimentos em geral for mantida, a projeção para 2009 é que a queda será de quase 50% na comparação com 2008.

O Estado de S. Paulo, reportagem também publicada no veículo Folha de S. Paulo
Jornalista: Jamil Chade

Dormir pouco aumenta o apetite, indica estudo americano

Poucas horas de sono podem significar quilos a mais na balança, afirma estudo feito por pesquisadores da Universidade de Califórnia. Segundo o médico Sarosh Motivala, um dos coordenadores da pesquisa, uma noite mal dormida afeta a produção de dois hormônios responsáveis pelo equilíbrio de energia corporal, a grelina e a leptina.

Quem dorme pouco com frequência, afirmam os pesquisadores, perde a habilidade de identificar os sinais corretos da fome e de que o cérebro está satisfeito com a quantidade adequada de comida.

"Dormir bem não só é bom para a saúde como um todo, como também ajuda quem quer emagrecer "

A grelina, um hormônio secretado no estômago, estimula o apetite antes das refeições. Já a letpina, produzida pelas células gordurosas, indica quando o corpo precisa ser alimentado.

No estudo, os pesquisadores avaliaram dois grupos, um com pessoas com dificuldade para dormir bem e outro com participantes que garantiam ter boas noites de sono com regularidade.

O resultado indica que dormir pouco aumenta a quantidade de grelina e diminui a de leptina, uma combinação que estimula o apetite voraz. - Pacientes com insônia costumam engordar com o passar dos anos, agora entendemos o motivo.

Dormir bem não só é bom para a saúde como um todo, como também ajuda quem quer emagrecer - afirma Motivala. O estudo foi publicado na revista especializada "Psychoneuroendocrinology".

O Globo Online
Jornalista: Indefinido

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Acionistas do laboratório Wyeth aceitam compra pela Pfizer por US$ 68 bi

Os acionistas do laboratório farmacêutico Wyeth votaram a favor da compra da empresa pela rival Pfizer, por US$ 68 bilhões. Mais de 98% dos acionistas aprovaram a operação.

A decisão foi tomada hoje na sede da Wyeth, em Madison (Estado de Nova Jersey, costa leste dos EUA), durante a reunião anual.Em janeiro deste ano, a Pfizer havia assinado um acordo com a Wyeth para a aquisição, o que cria uma companhia com faturamento previsto de US$ 75 bilhões.

O negócio ainda precisa passar pela aprovação das autoridades reguladoras do mercado. A aquisição é também uma das três grandes operações do setor farmacêutico anunciadas neste ano.

Em março, o grupo farmacêutico suíço Roche anunciou um acordo para pagar US$ 46,8 bilhões pelos 44% do laboratório americano de biotecnologia Genentech que ainda não possuía. O acordo foi aprovado pela direção da Genentech, depois que o valor oferecido pela Roche subiu para US$ 95 por ação.

O laboratório americano havia rejeitado a oferta no último dia 23. Quando a oferta foi apresentada em julho do ano passado, a oferta era de US$ 89 por ação. A Roche, então, apresentou uma oferta de US$ 86,50 por ação da Genentech diretamente aos acionistas.

A expectativa do laboratório americano, no entanto, era de uma oferta de US$ 112 por ação.Além disso o laboratório Merck tenta adquirir o rival Schering-Plough, em um negócio anunciado também em março e avaliado em US$ 41,1 bilhões em dinheiro e ações.

(FOLHA ONLINE)

Os riscos da automedicação

O medo da gripe provocou uma corrida as farmácias, aumentando os riscos da perigosa automedicação.

É uma mania nacional.

Espirrar e correr para a farmácia. "Eu pego logo um analgésico, sem muita orientação médica".

Contra dor, febre e coriza: automedicação. "Sem receita. Esse eu já tomo, estou acostumada".

Com a nova gripe, esse antigo problema só se agravou. Para tentar se prevenir ou mesmo tratar sintomas parecidos com os da doença, muita gente está se entupindo de remédios sem orientação médica.

O perigo está nas contra-indicações, doses elevadas e uso prolongado. Tomados de forma errada, antiinflamatórios podem desencadear processos de asma e bronquite. Os que contém corticóides baixam a resistência, piorando um quadro de gripe. Nos antibióticos, o perigo são as reações alérgicas. "É uma reação exacerbada à alergia, o organismo responde exacerbadamente. Há risco de vida", afirma a coordenadora Regional de Farmácia, Sandra Sterza. Algumas marcas de antigripais e de pastilhas para garganta contém um tipo de corante que também pode causar reações graves em pessoas alérgicas à substância.

O uso contínuo de descongestionantes nasais pode agravar o quadro e ainda aumentar a pressão sanguínea. Até analgésicos comuns, em doses elevadas, podem causar problemas para o fígado. A recomendação é a de sempre: não tomar medicamentos sem prescrição médica. "Se você tem uma receita, de um profissional, é bem mais seguro."

Assista à reportagem do Jornal da Globo clicando no link

http://g1.globo.com/jornaldaglobo/0,,MUL1236857-16021,00-OS+RISCOS+DA+AUTOMEDICACAO.html

Jornalista: Wilson Kirsche, de Londrina

terça-feira, 21 de julho de 2009

Pfizer quer produzir genéricos no Brasil

A companhia norte-americana Pfizer negocia um acordo com a goiana Neoquímica para produzir medicamentos genéricos, dentre eles o Viagra e o Lipitor. Neste ano, a farmacêutica firmou parceria com o grupo indiano Aurobindo Pharma, que tem indústria em Anápolis (GO), a AB Farmoquímica.

A quebra de patentes de 23 medicamentos nos próximos dois anos é o motivo da movimentação. O Viagra, Lipitor, Diovan e Singulair são alguns dos medicamentos que estão comprometidos.

Fonte: Saúde Business Web

Nova Farmacêutica chega ao Brasil.

Sediada em Tóquio e presente em mais de 52 países, Astellas busca crescimento no mercado latino americano

A Astellas Pharma acaba de anunciar que instituiu a empresa Astellas Farma Brasil Importação e Distribuição de Medicamentos, na capital paulista. Atualmente, a empresa atua em 52 países, incluindo Europa, América do Norte e Ásia. O interesse da empresa no mercado brasileiro se deve ao crescimeto do segmento farmacêutico no último ano, que chegou a 20% , somando quase US$ 12,5 bilhões em vendas.

O executivo Devaney Baccarin foi nomeado para o cargo de vice-presidente e diretor geral da unidade brasileira. Segundo ele, a criação da unidade brasileira está alinhada à estratégia de crescimento da empresa.

O objetivo é que a Astellas Farma Brasil traga novos recursos e produtos inovadores para o país, além de mobilizar conhecimentos locais e criar um processo de capacitação.

Os primeiros lançamentos da nova filial serão os produtos Omnic® e o Omnic Ocas, segundo o CEO da empresa, Masafumi Nogimori


Saúde Business Web

Gripe suína puxa receita das farmacêuticas

Algumas das maiores farmacêuticas do mundo estão colhendo bilhões de dólares em receitas extras, em meio à crescente preocupação com a aceleração da disseminação da gripe suína. Analistas estão prevendo um aumento significativo nas vendas da GlaxoSmithKline (GSK), Roche e Sanofi-Aventis, quando elas anunciarem os resultados do primeiro semestre, graças a contratos governamentais para a produção de vacinas contra a gripe e medicamentos antivirais.As novas vendas - com base nos fortes resultados apresentados pela Novartis e a Baxter, que produzem vacinas - surgem após os últimos cálculos mostrarem que mais de 740 pessoas já morreram por causa do vírus H1N1, e milhões foram afetadas em todo o mundo.

A GSK confirmou que já vendeu, sozinha, 150 milhões de doses de uma vacina contra a gripe - equivalente às suas vendas normais da vacina contra a gripe sazonal - para países como o Reino Unido, EUA, França e Bélgica, e está preparando o aumento da produção.

A GSK também produz o Relenza, antiviral que reduz a duração e gravidade da infecção, e prepara-se para aumentar a produção para 60 milhões de doses anuais. O Reino Unido fez uma encomenda de 10 milhões de doses para este ano. Uma das mais beneficiadas pelos temores crescentes de uma pandemia tem sido a Roche, que vende o Tamiflu, um dos principais medicamentos antivirais disponíveis.

A companhia registrou um aumento nas encomendas de companhias privadas e governos.Um estudo divulgado na semana passada pelo JP Morgan estima que os governos já encomendaram quase 600 milhões de doses de vacinas contra a pandemia, num valor de US$ 4,3 bilhões, e há potencial para a venda de mais 342 milhões de doses avaliadas em US$ 2,6 bilhões.O estudo prevê que as novas vendas de antivirais poderão reforçar as receitas da GSK e Roche e mais US$ 1,8 bilhão no mundo desenvolvido, e em até US$ 1,2 bilhão no mundo em desenvolvimento.Mas há incertezas para as farmacêuticas.

Com a demanda devendo superar a oferta, e a produção inicial sugerindo que os lucros com a vacina contra a gripe suína são relativamente baixos, elas poderão se deparar com escolhas difíceis na definição do quanto vão oferecer para os diferentes países que estão fazendo encomendas.

Valor Econômico
Jornalista: Andrew Jack

Grupo Editorial Nacional investe em site de busca de medicamentos

O Grupo Editorial Nacional (GEN) - holding que reúne seis editoras de livros científicos, técnicos e profissionais - está criando mais uma ferramenta para se aproximar de um dos seus públicos alvo. Nesse caso, os profissionais da área de saúde. Em 1º de agosto, o GEN e a empresa de conteúdo médico AC Farmacêutica lançam o site de busca Bularium, uma espécie de Google de medicamentos.

Atualmente, o GEN possui parcerias com as universidades Estácio de Sá e Anhanguera para venda de livros universitários e com a cooperativa médica Unimed. "Ficamos cinco anos com os alunos de medicina por meio dos nossos livros, mas depois que a faculdade termina, perdemos o contato. Com o site poderemos continuar com esse relacionamento", disse Mauro Koogan Lorch, presidente do grupo GEN.

Os idealizadores do Bularium, cuja página inicial se assemelha muito à do Google, ainda não têm previsão do número de acessos que o novo site de busca receberá. Mas eles estimam que o mercado de saúde seja formado por cerca de 500 mil profissionais e planejam cadastrar aproximadamente 300 mil deles, entre médicos, enfermeiros, farmacêuticos, dentistas, entre outros.

O Bularium vai entrar no ar com um banco de dados formado por 3,5 mil remédios. Os usuários poderão acessar a bula médica desses medicamentos, além do preço e embalagem dos produtos. Dentro de três anos, a meta é que o Bularium tenha informações sobre 7 mil medicamentos. As pessoas poderão pesquisar pelo nome fantasia do remédio, princípio ativo ou laboratório.

O site está recebendo investimentos de R$ 4 milhões, que serão aplicados nos próximos três anos. "Além da bula dos remédios, o site terá conteúdo de livros médicos, cursos e palestras da área de saúde", explicou o presidente do grupo GEN, que prevê faturamento de R$ 105 milhões para este ano.

Como acontece com os demais portais, o Bularium também terá como fonte de receita a publicidade. Os principais anunciantes serão os laboratórios farmacêuticos. Segundo Lorch, a expectativa é que em 2012 o Bularium tenha receita anual de R$ 6 milhões.

"Vamos fazer também parcerias com sociedades médicas, que fornecerão, por exemplo, conteúdo dos cursos e palestras. Hoje, já temos fechadas parcerias com três sociedades médicas", disse Silvio Araújo, diretor comercial da AC Farmacêutica.

Nos primeiros 12 meses, todo o conteúdo do site será gratuito. A partir desse período, alguns conteúdos, como cursos, serão pagos. "A consulta às bulas será sempre gratuita", diz Araújo.

Valor Econômico
Jornalista: Beth Koike

Mundo terá 1,3 bilhão de idosos até 2040

A população mundial de idosos está crescendo como nunca se viu, e os velhos em breve serão pela primeira vez mais numerosos que as crianças pequenas, disseram pesquisadores dos Estados Unidos nesta segunda-feira. O envelhecimento populacional deve pressionar os custos de previdência e saúde, obrigando a profundos aumentos nos gastos públicos, o que pode desacelerar o crescimento econômico tanto nos países ricos quanto nos pobres.

Em meados de 2008, o número de pessoas com 65 anos ou mais atingiu 506 milhões de pessoas no mundo, segundo o Departamento do Censo dos EUA. A cifra deve mais do que dobrar até 2040, chegando a 1,3 bilhão de pessoas, ou 14% da população global estimada. - As pessoas com 65 anos ou mais em breve superarão em número as crianças com menos de 5 anos, pela primeira vez na história - disse o relatório elaborado por Kevin Kinsella e Wan He, do Departamento do Censo dos EUA. - O envelhecimento está afetando todos os países em todas as partes do mundo - disse Richard Suzman, do Instituto Nacional do Envelhecimento, que encomendou o relatório. - Embora haja diferenças importantes entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento, o envelhecimento global está mudando a natureza social e econômica do planeta e apresentando difíceis desafios - acrescentou.

O relatório concluiu que as pessoas com 80 anos ou mais são a parcela da população que mais cresce em diversos países. Globalmente, essa população de idosos deve crescer 233% entre 2008 e 2040. Isso pode sobrecarregar seus filhos e netos. - A redução da proporção entre trabalhadores e pensionistas e (o fato de cada vez mais) pessoas passarem uma parte maior das suas vidas na aposentadoria representam uma taxação cada vez maior dos sistemas existentes de saúde e previdência - disse o relatório. - Em poucos anos, logo após 2010, os números e as proporções de pessoas mais idosas (especialmente os mais idosos entre os idosos) vai começar a crescer rapidamente na maioria dos países desenvolvidos e em muitos países em desenvolvimento - acrescentou. - O aumento é primariamente o resultado dos altos níveis de fertilidade depois da Segunda Guerra Mundial e, secundariamente, mas cada vez mais, o resultado da redução das taxas de mortalidade nas idades mais avançadas - prosseguiu. Doenças crônicas, como os problemas cardíacos e o câncer, continuam sendo os maiores responsáveis pela mortalidade, especialmente entre os mais velhos.

Isso por sua vez significa enormes gastos nos sistemas de saúde. E o fenômeno não se restringe ao mundo industrializado. - Até 2040, os países hoje em desenvolvimento devem se tornar o lar de mais de 1 bilhão de pessoas com 65 anos ou mais, ou 76 por cento do total mundial projetado -diz o relatório. A cada mês, 870 mil pessoas completam 65 anos. Dentro de 10 anos, 1,9 milhão atingirão essa idade a cada mês.

Se os países e empresas se programarem adequadamente, o envelhecimento populacional pode criar oportunidades de crescimento econômico, argumenta o estudo, que por outro lado cita um relatório de 2006 da Comissão Europeia segundo o qual os custos de previdência, saúde e cuidados de longo prazo provocarão aumentos nos gastos públicos e causarão uma redução nas taxas de crescimento do PIBs nacionais.

JB Online

Perfume, cosmético e higiene têm venda de R$ 1,3 bi nas farmácias

O crescimento das maiores farmácias e drogarias do Brasil tem um protagonista forte. Segundo a Fundação Instituto de Administração (USP) para a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), os não medicamentos continuam a encabeçar a alta nas vendas, mas sim os produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos. Esse segmento movimentou cerca de R$ 1,3 bilhão de janeiro a maio deste ano, índice 28,69% superior ao dos cinco primeiros meses do ano anterior.

A comercialização de medicamentos alcançou R$ 3,67 bilhões, alta de 23,02%. Os genéricos renderam ao setor R$ 520 milhões, mais de 10% do total, enquanto o programa Aqui tem Farmácia Popular registrou R$ 70,4 milhões. Mais de 179 milhões de clientes foram atendidos no período, com 483 milhões de unidades vendidas. Na carona do crescimento, o número de lojas aumentou a 2.535.

Também na comparação com 2008, a participação desta categoria no total de vendas passou de 26,72% para 27,20%. O faturamento geral ultrapassou R$ 5 bilhões. "As drugstores consagradas na Europa e América do Norte, que unem farmácia e conveniência se consolidam entre os consumidores brasileiros. Garantem praticidade ao cliente e ajudam a incrementar a receita das redes e a rentabilizar a própria atividade farmacêutica", justifica o presidente da Abrafarma, Sérgio Mena Barreto. Drogaria O Ministério da Saúde vem exigindo das farmácias o arquivo de todas as cópias das receitas médicas apresentadas pelos consumidores para obtenção dos descontos do Programa Farmácia Popular.

Embora o ônus seja do estabelecimento, a Drogaria Onofre decidiu, em vez de pedir aos clientes que utilizem uma copiadora dentro da loja ou que tragam as cópias para agilizar o atendimento, investir na digitalização dos documentos em tempo real, no próprio checkout. Para a empresa, a iniciativa melhora a qualidade no atendimento, economiza papel e facilita o gerenciamento da documentação, que, por lei, tem que ser arquivada por cinco anos.

DCI

África do Sul inicia teste de vacina contra Aids

A África do Sul iniciou nesta segunda-feira uma série de testes de uma vacina contra a Aids.

O primeiro de 36 voluntários saudáveis recebeu hoje uma dose da vacina diante de autoridades e de jornalistas na Cidade do Cabo.

Porém, a principal cientista do país, a professora Anna-Lise Williamson, disse que o governo suspendeu o apoio financeiro ao projeto.

De acordo com ela, os testes seguirão adiante patrocinados pelos Estados Unidos, mas a continuidade das pesquisas está ameaçada. Anna-Lise afirmou que o Departamento de Ciência e Tecnologia da África do Sul decidiu suspender o financiamento da pesquisa e que um outro contrato de financiamento expirou no ano passado e não foi renovado. "A África do Sul não tem dinheiro atualmente para o desenvolvimento da vacina", disse ela, durante a apresentação da série de testes.

Funcionários do setor de saúde dos EUA estavam presentes. Eles deram apoio técnico e produziram a vacina em laboratórios do Instituto Nacional de Saúde. Depois de quase uma década negligenciando o problema, a África do Sul passou a viver uma crise por causa da disseminação da aids.

Quase 5,2 milhões de sul-africanos (ou mais de 10% da população do país) estavam com o vírus no ano passado. As mulheres jovens são as principais vítimas: um terço das sul-africanas entre 20 e 34 anos estão infectadas. Em 1999, os ministérios da Saúde e da Ciência e Tecnologia puseram em ação uma iniciativa para uma vacina e utilizaram quase 250 milhões de dólares em cerca de 10 anos. Ainda que os sul-africanos sejam os primeiros a alcançar a etapa clínica, podem ser necessários anos de testes.

Diário do Nordeste

Nefertiti injetável

A rainha egípcia de traços atemporalmente perfeitos dá nome a um novo uso do Botox, agora para alisar a região do pescoçoEla viveu há 3 400 anos e não frequenta revistas de celebridades. Mas a mulher mais falada do momento nas clínicas dermatológicas é a rainha egípcia Nefertiti.

Com traços cortantes de tão definidos, longo pescoço e perfeito contorno do rosto, ela batiza uma nova aplicação para o Botox, nome comercial da toxina botulínica, desta vez na demolidora região do pescoço.

O alvo das injeções é o platisma, um músculo bilateral que desce da mandíbula até a saboneteira, a depressão cercada de ossos logo abaixo do pescoço.Em Nefertiti, tal como mostrada em sua sublime beleza e serenidade eterna, no busto em exposição no Museu de Berlim, o músculo parece invisível. Nas mortais comuns, porém, à medida que a idade avança, o platisma salta à
vista e ainda puxa mais para baixo a pele já flácida do contorno do rosto, formando a papada pregueada que anuncia aos quatro cantos a inexorável passagem dos anos.

A aplicação de Botox numa área triangular bem no centro do músculo – o Nefertiti lift – faz com que ele relaxe. Sem tração, as pregas do pescoço se suavizam e a região logo abaixo da mandíbula se eleva. É uma alternativa temporária à plástica tradicional, em que pele e músculos são estirados através de cortes atrás das orelhas. "Apresenta ótimos resultados em pacientes que têm entre 35 e 50 anos", diz Andréia Mateus Moreira, coordenadora do departamento de cosmiatria da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

A geografia do Botox, como a do antigo Egito, começa no alto (as rugas de expressão na testa), desce para o médio (os pés de galinha em torno dos olhos) e agora avança para o baixo (a região mandibular e do pescoço). É uma área delicada, onde uma aplicação malfeita pode causar alteração da sensibilidade e problemas motores, como dificuldade de engolir. Sem falar no risco de a candidata a rainha egípcia acabar com o rosto mais puxado de um lado que do outro. Como nos demais procedimentos com Botox, dura cerca de seis meses. Custa em torno de 1 000 reais.

A fisioterapeuta carioca Elizabeth Dantas, 54 anos, fez pela primeira vez há oito meses; gostou tanto que voltou para mais na semana passada. "Eu sentia o rosto desabando, parecendo um buldogue, e isso me incomodava. Estou mais leve agora. As pessoas notam a mudança, mas não sabem dizer exatamente o que é", afirma.

Revista Veja