sexta-feira, 26 de junho de 2009

Como praticar o networking no dia-a-dia ?

Networking não é um acontecimento, é um processo.

Muita gente só pensa na sua rede de contatos quando precisa desesperadamente: uma meta de vendas para cumprir ou a necessidade de um novo emprego. Infelizmente, ocorre na maioria dos casos.

A pessoa torna-se impertinente, irrelevante e, ainda por cima, pedinte. O verdadeiro networking ocorre justamente pela via contrária, pela via do oferecimento de ajuda, tempo, disponibilidade e proximidade. É praticar o velho lema "ajude para ser ajudado". Esse é o desafio do networker.

Não dá para ajudarmos todos nossos contatos e nem tomarmos café com todo mundo todo mês, então, precisamos encontrar fórmulas que viabilizem essa prática. Primeiro, é preciso compreender que nossos contatos não são iguais. Aliás, há uma escala de proximidade que deve estar clara: rede de contatos, rede de conhecidos e rede de amigos. Com os contatos tivemos exatamente isso: um contato. Nada mais.

É o que acontece quando trocamos cartões num evento ou quando alguém entra em contato conosco via e-mail. Já conhecidos são pessoas mais próximas - não só temos seu contato, mas também as conhecemos e somos reconhecidos por elas. É um grupo bem menor. E, claro, temos amigos, além de familiares e parentes. Claro que vamos sempre priorizar os mais próximos no nosso dia-a-dia.

Ligamos, enviamos e-mails e, naturalmente, damos mais atenção e ajuda para eles. Somos networkers com amigos pois é a essência do relacionamento humano. O ponto que precisa de mobilização e cuidado são as redes de contatos e conhecidos. Não dá para manter relações com todos como mantemos com os amigos. Até porque um bom networker consegue chegar no que chamo escala dos cinco (50 amigos, 500 conhecidos e 5000 contatos). Então, a questão é como praticar networking com as redes de conhecidos e, principalmente, com as de contatos. É preciso utilizar um pouco da base do conceito de marketing de relacionamento praticado pelas organizações.

Elas estabelecem esse follow-up em massa por meio de ações de comunicação e atividades presenciais segmentadas. Por esse caminho e, sempre fornecendo algo relevante e interessante, é possível nos mantermos ativos com nossos contatos e conhecidos. A internet tem ajudado muito nesse follow-up. Claro, é preciso praticar com inteligência. Volta e meia eu recebo contatos de pessoas que simplesmente perguntam: E aí? Tudo bem, como vão as coisas? E só. Ou pior, "oi, tudo bem, indica o meu CV para seus amigos?" (?!).

O fenômeno dos blogs tem demonstrado um bom caminho. Muitos profissionais, ao criarem e manterem blogs relevantes, bem posicionados, encontram um bom motivo para, por meio de uma prestação de serviços, manterem-se ativos e gerando conhecimento para seus contatos e conhecidos.

É preciso compreender que a prática do networking exige preparação e manutenção de serviços, seja por meio de um blog, seja promovendo encontros temáticos, seja, simplesmente, atuando como conector entre as pessoas - levando indicações e ajudando as pessoas, para não só pedir, mas também ajudar.

As redes sociais na internet (orkut, plaxo, linkedin) ajudam a manter os dados dos contatos e conhecidos atualizados. Nesse sentido, é uma boa ferramenta, mas, como disse, isso resolve parte do trabalho.

Não adianta ter os dados limpos e atualizados se não há uma mobilização disposta a servir aos contatos e conhecidos. Rede do BemSer relevante é fundamental para manter a permissão ativa e só conseguimos isso quando prestamos serviços para nossos contatos. Só para exemplificar, eu tenho vários grupos de contatos, mas, nos últimos anos, um grupo foi ganhando forma e representatividade: meus alunos.

Como leciono há 11 anos e aplico cursos abertos e in company há muito tempo também, fui formando muitos alunos.

Exatos 3.409 alunos que crescem a cada nova turma ou curso que aplico. É uma massa crítica, atuante no mercado, em posição de média gerência para alta, e muitos com poder de contração e seleção em suas empresas.

Todos, praticamente, preocupados com sua carreira e seu crescimento profissional. Com meus alunos formei o que chamamos de Rede do Bem. Uma rede colaborativa e fechada (só entra na lista quem é aluno) de trocas de vagas de emprego, em que os alunos que contratam priorizam e valorizam os colegas alunos nos processos de seleção. É uma fórmula simples, baseada no envio de boletins via e-mail a cada 15 dias. De 2006, quando a rede foi criada, para cá, foram distribuídas entre os alunos 1.272 vagas de emprego!

Ou seja, a cada quinzena eles recebem um comunicado com uma média de 20 vagas de emprego ofertadas pelos próprios alunos para os alunos. Por meio da Rede do Bem, consigo manter contato relevante e pertinente com eles de uma forma que não conseguiria se não buscasse prestar um serviço interessante e válido. Por isso tudo que praticar networking dá muito trabalho.

E a prática correta é totalmente inversa à percepção que algumas pessoas têm: não se faz networking explorando seus contatos para pedir coisas. Networking se faz ajudando, fornecendo, informando e prestando serviços. Mobilizando-se para as pessoas, conseguindo se manter interessante e não interesseiro. O networker é como um líder: trabalha para servir seus contatos e consegue com eles mais envolvimento, comprometimento e colaboração.


Autor: Prof. Marcelo Miyashita

Agregar felicidade no trabalho

Cada vez mais os produtos e serviços estão parecidos. O cliente olha para o lado, percebe que existe um mundo de lojas muito semelhantes e fica procurando algo mais que o atraia. Todas as empresas têm buscado uma forma de se diferenciar. Em minha opinião, a maior vantagem competitiva está em agregar felicidade ao seu trabalho, serviço ou produto.

Invente um jeito de seu cliente sair feliz depois de fechar um negócio com você. Esse é o melhor parâmetro da boa parceria: ver a alegria do cliente em voltar a comprar de você. Livros existem em muitas livrarias, mas são poucas as que conseguem dar a seus clientes o prazer de um atendimento especial.

Todos os médicos sabem receitar remédios, mas são poucos, muito poucos os que transmitem confiança e afeto ao paciente.

Uma loja de roupas precisa vender mais do que roupas. É importante que ela saiba vender beleza e elegância. Quando um restaurante simplesmente vende comida, corre o riso de suscitar uma pergunta inevitável: porque uma coxinha de galinha custa o preço de 1 quilo de frango? O restaurante deve vender encontros, amizades, paquera, informação etc.

Sob essa nova ótica, fica claro que apenas dinheiro ou tecnologia não são mais suficientes. As empresas campeãs vendem produtos e serviços, mas também entregam a felicidade como bônus.

Junto com o serviço, oferecem confiança, prazer em servir e certeza de qualidade.
“Mas, Roberto, como eu crio felicidade em meus negócios?” A primeira medida é promover a felicidade de seus colaboradores, que vão tratar seus clientes da mesma maneira como são tratados. Certamente, em meio à pressão, pode parecer quase impossível que as pessoas sejam felizes.

Mas você pode ver profissionais felizes em lugares de alta pressão, como pronto-socorro e Corpo de Bombeiros. A chave para isso é envolvê-los em projetos e decisões, ajudando cada um a se sentir importante para a organização.A segunda medida é atrair os clientes para sua empresa.

Convide-os para participar de seus projetos, estimule-os a opinar, escute suas sugestões e você vai saber o que realmente importa para eles. Mas, principalmente, seja você um exemplo de profissional que trabalha por amor ao que faz, e tem prazer de estar na empresa. Sua energia de líder vai contaminar os outros.

Sucesso é não perder a oportunidade de fazer alguém feliz. E, por incrível que pareça, hoje é a melhor forma de ganhar dinheiro.

Autor: Roberto Shinyashiki

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Crise? Se depender do Brasil, não!!

Em meio ao pior cenário econômico mundial em 80 anos, o setor farmacêutico continua a crescer - e países como o Brasil são cruciais para esse resultado


Jan Greune
Fábrica da Roche no Brasil: produtos mais sofisticados para um mercado em expansão

Revista EXAME -

Os setores de produtos farmacêuticos e de serviços e equipamentos de saúde tradicionalmente contam com uma espécie de para-raios contra crises. Assim como ocorre com o setor de alimentos e bens de consumo de primeira necessidade, as pessoas não deixam de comprar remédios ou procurar hospitais, por pior que seja sua situação financeira. Saúde, em muitos casos, é uma questão de sobrevivência. E o mais primitivo dos instintos humanos parece ser mais forte que qualquer crise.

Mas é comum que, em momentos de turbulência, os consumidores tentem reduzir seus gastos, buscando produtos e serviços mais baratos - uma mudança que acarreta ajustes nas contas e, eventualmente, impacto nos resultados. Segundo estimativas da consultoria americana IMS Health, especializada no setor de saúde, os negócios globais da área devem crescer 3,5% em 2009, ante uma previsão anterior de 5%. Vista dessa forma, não é uma notícia boa para empresas, acionistas e investidores do setor. Mas, colocados em perspectiva, esses números evidenciam o poder e a relevância da saúde na economia mundial. (Apenas para efeito de comparação: a indústria automobilística mundial deve encolher 13% em 2009.) "A área de saúde é tradicionalmente mais resistente a crises e, mesmo quando sofre algum impacto, se recupera mais rapidamente", diz Marcello Albuquerque, da IMS Health.

Na atual crise, setores da saúde, como a indústria farmacêutica, foram beneficiados por um colchão de segurança: a excelente performance nos países emergentes. Da mesma forma que acontece em outros setores, economias como Brasil, China e Índia começaram a atrair a atenção das empresas antes mesmo de a crise ocorrer.

Quando os maiores mercados entraram em colapso, sua importância foi catapultada. Embora os Estados Unidos ainda sejam de longe o maior mercado de remédios do mundo, com vendas de 291 bilhões de dólares no ano passado, o equivalente a 40% do total mundial, a evolução prevista para os próximos anos é tímida - deve alcançar no máximo 2% ao ano entre 2008 e 2013.

Por outro lado, o bloco de países batizado pelos especialistas do setor de pharmerging - termo criado pela contração das palavras inglesas pharma e emerging para designar Brasil, Rússia, Índia, China, México, Coreia e Turquia - deve registrar um crescimento médio de 15% ao ano no mesmo período. Na China, o maior mercado entre os emergentes, o crescimento será tal que, em dois anos, o país deverá concentrar o terceiro maior volume de vendas no mundo, logo atrás de Estados Unidos e Europa e à frente do Japão.

Atualmente, a China detém a sexta posição no ranking e registrou no ano passado vendas de 24 bilhões de dólares, um crescimento de 26% em relação ao ano anterior - o maior do mundo.

Apesar de não ter volumes tão opulentos quanto os chineses, o Brasil também traz números respeitáveis e deve subir algumas posições no ranking global nos próximos dois anos. Com receitas de 18 bilhões de dólares em 2008, o mercado brasileiro cresceu 12% em relação a 2007, velocidade só inferior à atingida pela China.

Para 2009, a previsão é que esse ritmo fique entre 7% e 8%. Um crescimento muito maior, portanto, que o estimado para o mercado mundial, 3,5%. "O efeito da crise na renda dos consumidores não foi tão pronunciado quanto se temia e o orçamento público para saúde tem se mantido estável", diz Ciro Mortella, presidente da Federação Brasileira da Indústria Farmacêutica (Febrafarma). "Isso torna o mercado nacional um dos mais promissores para a indústria."

Novo perfil

Se no passado o mercado brasileiro - e dos emergentes de maneira geral - era caracterizado pela venda de grandes volumes de medicamentos para doenças infecciosas e exames básicos, hoje a situação é diferente.

O perfil de mercado já começa a se aproximar dos países mais ricos, com aumento no consumo de remédios para o tratamento de problemas cardiovasculares, diabetes e outras doenças crônicas - as que rendem melhores margens às empresas.

A suíça Roche, por exemplo, adotou uma estratégia focada em drogas inovadoras para doenças complexas, como alguns tipos de câncer, compradas basicamente por governos e hospitais.

Outras companhias investem numa área radicalmente diferente, mas também crucial para o crescimento nos mercados emergentes: os genéricos. No Brasil, a Sanofi-Aventis, quarta maior farmacêutica do mundo, recentemente adquiriu por 1,5 bilhão de reais o laboratório Medley, especializado nesse tipo de medicamento (a transação ainda se encontra em análise no Cade). A Pfizer, maior empresa farmacêutica do mundo, prospecta oportunidades na mesma área. "Optamos por parcerias com empresas que nos permitam acesso a um mercado no qual ainda temos pouca familiaridade", diz Mariano Garcia-Valiño, diretor da Pfizer no Brasil.

Os bons resultados e as perspectivas promissoras do mercado brasileiro se desdobram além do mercado de medicamentos. O setor de equipamentos de saúde - que envolve desde prosaicos aparelhos de monitoramento de pressão arterial até gigantescas máquinas de ressonância magnética - deve crescer 8% em 2009, ante um faturamento de 4 bilhões de dólares no ano passado.

Apenas a área de diagnósticos por imagem deve crescer 13%. A fim de ganhar parte desse novo mercado, a GE Healthcare, divisão de produtos de saúde da gigante americana, está investindo 50 milhões de dólares na construção de uma fábrica em Minas Gerais para a produção de máquinas de raios X e mamografia. É o maior investimento da divisão já feito no país e os produtos fabricados aqui deverão abastecer toda a América Latina. "O Brasil já vinha bem antes da crise e hoje está em uma posição privilegiadíssima", diz Cláudia Goulart, presidente da GE Healthcare para a América Latina. "No pior dos cenários, devemos registrar o mesmo volume de vendas do ano passado, enquanto todos os grandes mercados do mundo vão ter queda nas vendas." Ironicamente, a crise deixou a saúde brasileira ainda mais forte.

Viagra feminino?

Quanto vale o prazer

Desde a criação do Viagra, laboratórios de todo o mundo buscam a fórmula do prazer feminino.

Uma nova droga, hoje em teste, pode determinar o tamanho desse mercado


O novo medicamento promete combater a falta de desejo sexual que atinge 40% das mulheres

Revista EXAME -

Revolução é um termo desgastado. Mas não há palavra melhor para mostrar as consequências do lançamento do Viagra no comportamento sexual de milhões de homens e nas receitas da indústria farmacêutica mundial.

Lançado dez anos atrás pela americana Pfizer, o medicamento contra a disfunção erétil tornou-se rapidamente um best-seller, ganhou concorrentes e criou um mercado estimado pela consultoria Pribo em 3,8 bilhões de dólares.

Tão logo a pílula azul se tornou um fenômeno, a indústria farmacêutica percebeu que faltava algo semelhante para os 50% restantes da população mundial: as mulheres. Agora, a corrida pelo Viagra feminino pode estar chegando ao fim. Nos últimos meses, o laboratório alemão Boehringer Ingelheim, que já criou remédios contra depressão, doenças do coração e Aids, tem recrutado milhares de mulheres nos Estados Unidos para participar do desenvolvimento de um medicamento que aumenta o desejo sexual feminino.

Quase 5 000 mulheres, em 220 cidades, já se candidataram. Segundo a Boehringer, os resultados até agora são satisfatórios. As mulheres submetidas ao tratamento, cuja base é uma molécula chamada flibanserin, relatam um "significativo aumento" no desejo sexual.

A descoberta de que a substância despertava a libido feminina ocorreu por acaso. No início da pesquisa, o laboratório tentava desenvolver uma droga antidepressiva. Os homens diziam não sentir nada. Um efeito colateral, porém, surpreendeu os cientistas: as mulheres, seguidamente, relatavam aumento no apetite sexual. O Boehringer Ingelheim espera concluir os testes em breve e, até o fim do ano, obter a certificação da Food and Drug Administration, a poderosa agência reguladora americana do setor de medicamentos e alimentos.

Trata-se da mais promissora tacada da indústria de medicamentos para combater a falta de desejo sexual feminino, problema que atinge cerca de 40% das mulheres. As pesquisas, até agora, encontraram duas barreiras.

A primeira é o modo pelo qual as mulheres se sentem estimuladas a fazer sexo - um processo mental e, diferentemente dos homens, sem tanta influência mecânica. Por essa razão, medicamentos como o Intrinsa, um adesivo de testosterona lançado pela Procter&Gamble em 2003, acabaram rejeitados pelas consumidoras. A droga liberava gradualmente hormônio sexual na circulação sanguínea, aumentando a irrigação e a lubrificação na região vaginal. Facilitava a prática de sexo, mas não a estimulava.

A segunda barreira é a rigorosa atuação dos órgãos que regulam a venda de medicamentos. Entidades como a americana FDA e a brasileira Anvisa analisam com cuidado redobrado drogas que agem no sistema nervoso central e que podem ser usadas como uma escolha de "estilo de vida".

O potencial do mercado, porém, estimula os laboratórios a perseverar nas pesquisas. O mercado de medicamentos para disfunção erétil deve dobrar até 2012. E estima-se que as pílulas femininas do sexo possam gerar faturamentos nesse mesmo patamar. "É um mercado com enorme potencial para as farmacêuticas", diz Stacy Lindau, pesquisadora do Medical Center da Universidade de Chicago.

O Boehringer Ingelheim foi o primeiro a conseguir resultados concretos na fase de testes. Para potencializar o efeito, porém, as mulheres precisam tomar o medicamento entre seis e oito semanas seguidas. Não funciona exatamente como a pílula azul da Pfizer, mas é o mais próximo que a ciência conseguiu chegar, até agora, da versão feminina do Viagra.

Efeito pigmaleão! Marketing e gestão de pessoas...


Conversando com um amigo da empresa há dias atrás, deparei com o tema "efeito pigmaleão" e resolvi escrever um pouco sobre o tema, pois sua interpretação é muito interessante para o marketing e para a gestão de pessoas. Há muito material sobre o tema, e portanto, poderíamos postar diversas variações sobre o impacto em diversos setores, já que estamos falando de comportamento humano.

Há uns anos atrás, numa universidade dos Estados Unidos, testou-se a influência do "efeito Pigmaleão" ou
efeito Rosenthal no desenvolvimento dos indivíduos.

A cada um dos estudantes que participou no estudo foi dado um rato de laboratório e um labirinto. A ideia era fazer com que os ratos aprendessem a sair do labirinto.

A metade dos estudantes foi dito que o seu rato era "atrasado mentalmente" e que teriam que ter paciência, porque provavelmente este iria levar algum tempo até aprender onde é que era a saída.

A outra metade dos estudantes foi dito o contrário: estavam na posse de ratos extremamente inteligentes, que muito provavelmente iriam achar num ápice a saída do labirinto.

Na realidade não havia diferenças entre os ratos, eram todos simplesmente ratos, e teriam reações que só um rato pode ser. Mas os estudantes não o sabiam.

Curiosamente os ratos “inteligentes” descobriram rapidamente a saída e aprenderam facilmente o caminho a tomar dentro do labirinto. Os ratos “atrasados mentalmente” levaram muito mais tempo quer a descobrir, quer a aprender o caminho.

A experiência foi um sucesso, estava provado o Efeito Pigmaleão.

Ora se não existiam diferenças entre os ratos porque é que os supostamente inteligentes foram de fato os mais inteligentes? Porque, segundo diz a teoria, as expectativas e a percepção que temos relativamente a determinadas coisas ou indivíduos, mudam a nossa maneira de nos relacionarmos no sentido de alinharmos a realidade com o modo como a vemos.

O que aconteceu foi que os estudantes que tinham os ratos “inteligentes” falavam com eles, estimulavam-nos mais, recompensavam-no com mais frequência, e tinham muito mais paciência para os ensinar que os estudantes que ficaram com os ratos “atrasados mentalmente”: já estavam à espera que o rato teria um resultado ruim, e portanto nem os tratavam bem, nem se esforçavam minimamente para lhes ensinar a saída.

Há diversos artigos sobre o efeito pigmaleão em diversas áreas, envolvendo gestão de pessoas e marketing.

Em marketing ao trabalharmos todo o conjunto de comunicação integrada, fornecendo informações sobre benefícios e vantagens de determinados produtos, ao criarmos embalagens cada vez mais "vendedoras" e ao trabalharmos a "imagem" de empresas, estamos criando "expectativas" nestes consumidores, gerando um certo "efeito pigmaleão", ou seja, intensificando a possível "experiência" que o consumidor terá com o produto final, que tenderá a ser positivo na maioria das vezes.


No caso da gestão de pessoas, o efeito pigmaleão pode ser prejudicial em alguns casos, pois tal qual o descrito na experiência acima, o gestor poderá não estimular devidamente e de forma equilibrada os colaboradores, simplesmente por um juízo prévio ou "expectativa" que poderá ser positiva ou não, e isto irá influenciar seu julgamento sobre os resultados obtidos.



Observação:
Segundo a mitologia grega, Pigmaleão era um escultor e rei de Chipre que se apaixonou por uma estátua que esculpira ao tentar reproduzir a mulher ideal. Na verdade ele havia decidido viver em celibato na Ilha por não concordar com a atitude libertina das mulheres dali, que haviam dado fama à mesma como lugar de cortesãs. A deusa Afrodite, apiedando-se dele e atendendo a um seu pedido, não encontrando na ilha uma mulher que chegasse aos pés da que Pigmaleão esculpira, em beleza e pudor, transformou a estátua numa mulher de carne e osso chamada Galatéia, com quem Pigmaleão casou-se e com quem teve um filho chamado Pafos.

O mito de Pigmaleão, como outros, traduz um elemento do comportamento humano: a capacidade de determinar seus próprios rumos, concretizando planos e previsões particulares ou coletivas. Em Psicologia deu-se o nome de Efeito Pigmaleão ao efeito de nossas expectativas e percepção da realidade na maneira como nos relacionamos com a mesma, como se realinhássemos a realidade de acordo com as nossas expectativas em relação a ela.

A lenda de Pigmalião tem atraído vários escritores. O antigo poeta romano Ovídio contou essa lenda em sua obra Metamorfoses. A versão mais moderna da lenda é a peça de Bernard Shaw, Pigmalião, ou My Fair Lady. A peça é também um musical.



Fontes:
http://razao-tem-sempre-cliente.blogspot.com
Wikipedia
http://www.4hd.com.br/blog/2001/20/marketing-pigmaleao-arte-de-gerar-expectativas/

Bayer e Novo Nordisk fazem parceira no país

Bayer e Novo Nordisk fazem parceira no País.

A estratégia consiste, basicamente, na distribuição gratuita do aparelho da Bayer, o Breeze - que auxilia no controle da glicose sanguínea - para fidelizar o paciente. A fidelização ocorre porque o paciente passará a adquirir as tiras reagentes (onde se deposita o sangue a ser analisado) que são descartáveis e também fabricadas pela Bayer e a aplicar, na medida da necessidade, a insulina da Novo Nordisk.

O programa audacioso, batizado de "Novo Dia - Programa de Apoio ao Paciente com Diabetes", atenderá cerca de 500 novos pacientes diabéticos por mês que, ao serem diagnosticados e indicados por seus médicos, receberão em sua residência a visita de uma enfermeira que tem como função orientar o novo paciente de como tratar a doença. "Um dos grandes problemas enfrentados pelos novos pacientes é a falta de informação. A intenção do programa é justamente essa, informar e orientar, derrubando mitos e ajudando o paciente a ter qualidade de vida, mesmo diagnosticado com diabetes", afirma o diretor da divisão Diabetes Care da Bayer para a América Latina, Antônio Cardone.

A Bayer ingressou somente no ano passado no mercado de cuidados para a diabetes no Brasil e a associação com a Novo Nordisk - que já tem um mercado maduro no Brasil neste segmento - se torna imprescindível para ampliar sua participação. "Com menos de um ano já conquistamos 5% do mercado, mas queremos chegar a 10% até o fim do ano", afirma Cardone.

O executivo não informa os valores que foram investidos para tornar a parceria real, mas garante que é um número "com pelo menos três dígitos". E declara que a companhia tem investido no projeto mais do que o faturamento da área, o que é "um movimento natural de quem é novo no setor e quer ganhar mercado", diz.

Diabetes no Brasil

De acordo com Cardone, existem cerca de 12 milhões de diabéticos no Brasil, mas apenas 50% estão cientes que têm a doença. "O diabetes vem crescendo rapidamente em países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil. Com o aumento da renda, a população tende a comer mais, ser mais sedentária e isso pode causar a doença", explica.

Outro número surpreendente, segundo o executivo, é que o erro na aplicação da insulina (em maior ou menor quantidade) acontece em cerca de 90% dos casos. "Muitas vezes o paciente obtém o resultado dos níveis de glicose com erros de codificação, por problemas do aparelho que ele usa, o que pode interferir no tratamento da doença, levando-o a administrar níveis errados de insulina. Isso não ocorre com o Bayer Breeze 2, porque o aparelho já é codificado, o que significa que ele realiza o diagnóstico de maneira mais eficiente", afirma.

O que ocorre é que nos aparelhos convencionais existentes no Brasil, é o próprio paciente quem insere um código ou chip a cada nova troca das tiras utilizadas para a medição da glicose, fazendo com que, muitas vezes, a leitura seja realizada de maneira incorreta. "Um em cada seis pacientes faz a codificação de maneira incorreta", afirma Cardone.


Fonte: DCI
Data: 25/06/09
Jornalista: Indefinido

Farmácias devem reter receitas!

Farmácias devem reter receitas.

O objetivo é combater o uso indiscriminado e resistência às drogas. No Brasil, para alguns tipos de bactérias, em até 40% dos casos há resistência a antibióticos.

'As infecções comunitárias no Brasil estão crescendo porque há falta de regulamentação sobre os antibióticos', disse o diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Raposo de Mello.

Hoje, antibióticos e anti-inflamatórios só devem ser vendidos com receita, mas o documento não é retido. Com a possível inclusão dos dois tipos de medicamentos entre as drogas com controle especial — ainda sem data para começar —, a compra ficará sujeita à mesma rigidez adotada nos casos de anorexígenos, por exemplo. Além de exigir a receita, que ficará retida, as farmácias serão obrigadas a recolher dados da prescrição e notificar a compra eletronicamente à Anvisa. A receita será carimbada para evitar nova utilização. As lojas que não cumprirem as disposições estarão sujeitas a punições já válidas para quem não obedece o controle exigido para outros remédios, como multas. (Portal do Consumidor)

Fonte: InvestNews – Portal do Consumidor
Data: 24/06/09
Jornalista: Indefinido

Novo anticoncepcional imita o hormônio feminino

Novo anticoncepcional imita o hormônio feminino.

Uma boa notícia para mulheres que fazem uso de pílula anticoncepcional: um novo comprimido imita o hormônio estrogênio, produzido pelo organismo feminino. O novo contraceptivo Qlaira é o primeiro que combina dienogeste e vale-rato de estradiol. "Contraceptivos com estradiol seriam os mais naturais", diz o médico holandês Philip Smits, diretor mundial dá divisão de saúde feminina da Bayer Schering Pharma, que lançou a pílula. Ele esteve em São Paulo, na semana passada.

A pílula está aprovada na Europa. No Brasil, aguarda liberação da Anvisa.

Segundo Smits, a pílula tem menos efeitos colaterais e o risco de trombose também é menor. "Esta pílula beneficia mulheres com grande fluxo menstrual Falta ainda pesquisar se ela consegue reduzir os sinais da tensão pré-menstrual (TPM)", detalha o médico.

Há outros métodos contraceptivos em pesquisa pela farmacêutica. Um deles é um adesivo de baixa dose hormonal, para ser usado uma vez por semana. "Também estudamos uma versão de anticoncepcional para ser usada debaixo da língua. Tudo para o conforto da mulher".

Fonte: Diário de São Paulo
Data: 25/06/09
Jornalista: Indefinido

Saúde e Indústria Farmacêutica em Debate

Livro reúne ensaios de especialistas sobre o sistema de saúde e o papel da indústria farmacêutica no Brasil


Ensaios de 11 especialistas com formação em Economia, Medicina e Direito sobre o sistema de saúde brasileiro, sua interface com organismos públicos e privados e o impacto dessa dinâmica no acesso aos medicamentos estão reunidos no livro Saúde e Indústria Farmacêutica em Debate, lançado pela editora Cubzac e a Federação Brasileira da Indústria Farmacêutica (Febrafarma).

O lançamento do livro mereceu nota na coluna Mercado Aberto, de Guilherme Barros, na Folha de S. Paulo de 13 de agosto.

O livro Saúde e Indústria Farmacêutica em Debate também foi motivo de comentários na edição do dia 23 de setembro do Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes AM.

Os apresentadores Joelmir Beting, José Paulo de Andrade e Salomão Ésper elogiaram a publicação e ressaltaram a importância dos artigos que a compõem.

Estudiosos da matéria, todos os autores estão ligados a renomadas instituições acadêmicas. Alguns também acumulam experiência na administração pública. São eles:

Carlos Augusto Grabois Gadelha, economista, vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz);

Claudio Monteiro Considera, advogado, professor da Faculdade de Economia da Universidade Federal Fluminense (UFF) e ex-secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda;

Felipe Ohana, economista, ex-pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), ex-secretário adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda;

Gonzalo Vecina Neto, médico, professor da Faculdade de Saúde Pública da USP e ex-diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa);

Jacob Frenkel, economista, professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ);

Marcos Bosi Ferraz, médico, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e diretor do Centro Paulista de Economia em Saúde;

Mário Ramos Ribeiro, economista, professor da Faculdade de Economia da Universidade Federal do Pará;

Moisés Goldbaum, médico, professor doutor da Faculdade de Medicina da USP, ex-secretário do Departamento de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde;

Paulo Kramer, sociólogo, professor do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB);

Roger Stiefelmann Leal, advogado, professor de Direito Constitucional do Centro Universitário de Brasília;

Samuel de Abreu Pessoa, economista, professor da Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Getúlio Vargas.

O livro já está disponível para download

Mapear o processo de compras como forma de descobrir oportunidades em Marketing


Com certeza uma das maiores preocupações de qualquer gerente de produto, marketing ou de vendas é a questão: Como fazer meu produto vender mais?


E posso estar enganado, sempre recorremos aos “4P’s” de marketing na busca de soluções baseadas no produto, no preço, na promoção ou na distribuição. E de lá se tiram sempre ações de "reforço de marca", gastos em promoções e promoções que acabam por “corroer” investimento e por dar resultados de “curto prazo”.


É muito fácil falar do ponto de vista acadêmico e resumir nossa história com termos como: “planejar melhor”, “orientar-se para o cliente”, etc., porém ao longo dos anos a grande dificuldade é conseguir realizar estes exercícios de forma ordenada e com consistência suficiente para gerarmos soluções que levem a busca de oportunidades para o crescimento em vendas.


Ao longo destes anos de trabalho, acredito muito no mapeamento do processo de compras (“buying process”) como processo de busca de oportunidades dentro de mercados existentes.


Na indústria farmacêutica, aprendi a desenvolver um processo estruturado de mapeamento de oportunidades através do processo de compras, que leva em consideração a origem, ou ponto de venda, quais são os influenciadores, fatores de escolha, etc.


Fazendo uma seqüência lógica de visualizar como seu consumidor potencial percorre da necessidade inicial que gera a busca por um produto, como ele é distribuído, até o seu descarte, pode-se chegar a descobrir oportunidades únicas, simplesmente observando o comportamento de compras. Isto parece óbvio, porém no dia-a-dia do escritório, a tomada de decisão “quase sempre emergencial” nos “empurra” para soluções rápidas.


Em linhas gerais, uma seqüência preliminar de avaliação deveria contemplar os seguintes passos (adaptado para a indústria farmacêutica), respondendo a algumas perguntas:


1º) Origem (o que leva o consumidor, ou paciente a buscar uma solução para um problema? O consumido tem “conhecimento” de que existe solução para seu problema? Existem dificuldades para “acesso” a solução do problema pelo consumidor?)


2º) Avaliação do diagnóstico (como é feita a avaliação do problema, quer seja pelo médico ou pelo paciente? Sua solução pode diminuir o tempo de diagnóstico?)


3º) Escolha do tratamento (do ponto de vista terapêutico, qual as escolhas possíveis no mercado para resolver o problema? Existem possíveis “entrantes” ou substitutos neste momento que podem influenciar a escolha e que não estão “mapeados”?)


4º) Escolha da marca - “DRIVERS” DE ESCOLHA DA MARCA (quais são os fatores conhecidos ou presumíveis para a escolha de determinadas marcas e que sejam relevantes para seu consumidor?)


5º) Distribuição (como seu produto chega até o cliente final? Existem influencias que podem ser percebidas no “balcão” no momento da compra? Existe a possibilidade de troca por outro produto?)


6º) Seguimento (como seu consumidor reage após a compra? Quais as taxas de abandono? Que influências podem interferir para a correta utilização do produto? O preço pode ser decisivo para a continuidade ou “recompra” do produto? Um serviço de “pós-venda” pode ser útil para esclarecer dúvidas e evitar um abandono precoce?)


7º) Descarte do produto (o que ocorre quando o consumidor termina com o tratamento? Existe “sobra” de produto? Que fatores podem levar a gerar “influência” para compras futuras?)


Por fim, se tivermos respostas para algumas destas perguntas (ou várias outras, dependendo de cada mercado e produto), estaremos com a “mente” mais preparada para perceber oportunidades e centralizar aí nossos esforços de crescimento em vendas.


O tema “processo de compras” é algo que merece sempre uma análise profunda, e poderia facilmente ser abordado como disciplina nas cadeiras de marketing, por sua complexidade e riqueza de informações.


Claudemir Pereira

quarta-feira, 24 de junho de 2009

A Grande Mudança - A computação nas nuvens!

O que teria Thomas Edison e o Google em comum? Segundo o conceito do livro "A grande mudança" de Nicholas Carr, muita coisa!

A teoria é no mínimo perturbadora, ou seja, estamos próximos de uma grande mudança. Os computadores pessoais como conhecemos hoje, estão no fim, e todos em breve, estaremos utilizando serviços de informática ligados a um "grande computador mundial". O conceito de computação na nuvem surgiu com a internet e a analogia com Edison é inevitável, pois com o tempo, iremos utilizar a informática (software) como serviço, ou seja, pagar por ele conforme o utilizemos, tal qual a energia elétrica.

Daí a crescente onde de "netbooks", computadores dimensionados para navegar na internet e aproveitar o serviço gratuíto de softwares como o "Google docs" por exemplo.

A grande mudança discute este aspecto de forma brilhante, tanto os aspectos positivos, quanto negativos e os impactos já reais sobre a economia mundial.

Qual sua opinião? Leia o livro.

Existe "vida" abaixo da linha dos "blockbusters"?


O que acontecerá quando tudo no mundo se tornar disponível para todos?

Quando o valor conjunto de todos os milhões de itens que talvez vendam apenas uns poucos exemplares for igual ou maior do que o dos poucos itens que vendem milhões cada um?

Quando um grupo de crianças sem intenção de lucro for capaz de gravar uma canção ou produzir um vídeo, distribuindo-os pelos mesmos meios eletrônicos explorados pelas mais poderosas empresas de grande porte?

Chris Anderson, editor-chefe da revista Wired, explorou pela primeira vez o fenômeno da Cauda Longa em um artigo que se tornou um dos mais influentes ensaios sobre negócios de nosso tempo. Usando o mundo dos filmes, dos livros e das músicas, mostrou que a Internet deu origem a um novo universo, em que a receita total de uma multidão de produtos de nicho, com baixos volumes de vendas, é igual à receita total dos poucos grandes sucessos.

Então, cunhou o termo "Cauda Longa" para descrever essa situação, o qual, desde então, tem sido citado com destaque pela alta gerência das empresas e pelos meios de comunicação em todo o mundo.

"Embora ainda estejamos obcecados pelos sucessos do momento", escreve Anderson, esses hits já não são mais a força econômica de outrora.Mas, para onde estão debandando aqueles consumidores volúveis, que corriam atrás do efêmero?"

A leitura do livro "Cauda Longa" é no mínimo recomendada para quem quiser vislumbrar que no futuro, quando pudermos "zerar" os custos de estocagem, envio e tudo se limite a "bits", não haverá praticamente produto que não encontre seu mercado. No mercado musical, isto fica claro, pois sabe-se que os downloads de músicas já são milhoes/dia e superam a compra de CD's (e conseguem um fenômeno de "personalização" para cada usuário de sua coletânea preferida).

Por estes motivos, e como fundamento de pensamento crítico, vale a pena a leitura.

CLICK! Uma leitura no mínimo instigante!


O comportamento social é um emaranhado de complexidades – desejos, medos, frustrações, ambições... Para tentar compreender alguns desses fenômenos, muitas teorias foram criadas. São técnicas que vão da psicanálise à sociologia, da antropologia à pesquisa social empírica, passando por todas as formas estatísticas que a imaginação humana já criou.

No entanto, viramos uma página. Com a popularização da internet, pela primeira vez há disponível uma gigantesca massa de informações sobre a atividade dos usuários da web. Cada pesquisa feita nas ferramentas de busca funciona como um indicador pessoal e – num conjunto elevado – oferece um painel incomparável das preferências dos usuários.

E é sobre essa potente ferramenta de pesquisa que trata o livro Click – o que milhões de pessoas estão fazendo on-line e porque isso é importante, de Bill Tancer, que acaba de chegar às livrarias pela Editora Globo.

O autor usa exemplos tirados do cotidiano para explicar como os internautas se comportam e, com isso, oferece uma imagem viva dos interesses das sociedades modernas. O que os pesquisadores querem saber sobre Barack Obama, e como essas pesquisas são modificadas de acordo com os assuntos agendados pela mídia de massa? Ou ainda, de forma mais prosaica, o que as pesquisas levam em conta na hora de escolher vestidos de formatura?

O livro parte do pressuposto que falar não é o mesmo que agir. Se num universo de pesquisas que leva em conta a opinião expressa dos usuários (aquelas em que um entrevistador faz perguntas de um questionário), a verdade pode ficar disfarçada, é no grande volume de pesquisas em ferramentas de busca que estão inscritas as grandes tendências.

Área farmacêutico na mira da Irlanda!

Tigre Celta 1 (O Globo)

Jornalista: Flávia Oliveira

24/06/2009 – Em visita ao Brasil esta semana, empresários irlandeses de biotecnologia, gestão, compliance e da área farmacêutica têm reuniões com brasileiras de TI e telefonia. São setores promissores para aprecriar, diz Enda Kelly, sócio da Ernst & Young, organizadora da viagem.

Feira do setor farmacêutico

Setor farmacêutico apresenta novidades em evento em SP (DCI)
Jornalista: Indefinido

24/06/2009 - Sediado no Anhembi, em São Paulo, o tradicional encontro do setor farmacêutico (Econofarma) chega à sétima edição nos dias 26 e 27 deste mês. A previsão é atrair um público estimado em mais de 9 mil estabelecimentos farmacêuticos de todo o País. Segundo o diretor comercial da organizadora PH Farma, Paulo Heitor Lopes Bruno, o evento trará aos visitantes o que há de mais moderno em móveis e equipamentos para farmácias e drogarias, em visual de loja e mix de produtos, além de novos medicamentos, tratamentos dermocosméticos e produtos estéticos e oftalmológicos.

Mobile Marketing! Alternativa para a indústria farmacêutica?

Marketing

Mobile marketing cresce 45,92% em 2008

Estudo mostra evolução no acesso à internet e a utilização de aparelhos celulares no Brasil.

Confira mais informações.Segundo dados do estudo ‘Internet Pop’, realizado pelo Ibope em
dezembro do ano passado, o mobile marketing teve um crescimento de 45,92% no último ano e que o Brasil já possui 43,1 milhões de pessoas conectadas à internet. Deste total, 20,4 milhões (ou 83,1%) têm acesso à banda larga.

A classe C já responde por 40% do acesso à internet; as classes A/B por 49% e as classes D/E por 11%. Em 2007, eram 37% da classe C e 13% das classes D/E, enquanto as classes A/B correspondiam por 50%. De acordo com Castro, o investimento publicitário em 2008 para internet foi de R$ 748 milhões e a internet foi a mídia que mais cresceu: 46,94%, seguida pela TV paga (29,59%) e rádio (21,84%). Porém, a internet ficou com apenas 3,45% de participação na receita publicitária.

Em relação ao celular, o Brasil possui 150,64 milhões de linhas ativas e, de acordo com o TCI Domicílios, 80% dos usuários recebem entre cinco e 10 salários mínimos e 80% têm idade entre 16 e 34 anos. “Nós temos 150 milhões de linhas ativas, mas não temos audiência”, declarou Abel Reis, COO e presidente da AgênciaClick e presidente do recém-lançado Comitê de Mobile Marketing do IAB. Reis explicou que este comitê tem como objetivo divulgar as ofertas do mercado; apontar a evolução da audiência do mobile marketing; e divulgar os resultados de ações e pesquisas.

Suas atividades resumem-se em três tarefas: alinhar a agenda educativa para o mercado por meio de uma parceria entre IAB e MMA (Mobile Marketing Association); ter um grupo de trabalho para cada ponto a ser discutido na agenda; e divulgação de material e informações para o mercado. Dos mais de 6 bilhões de habitantes do mundo, 63,32% possuem aparelho celular e 23,5% são usuários de internet, de acordo com Phonecount.

No ano passado, o investimento em mobile marketing foi de US$ 2,7 bilhões, sendo US$ 1 bilhão dos Estados Unidos, US$ 640 milhões do Japão e US$ 40 milhões da América Latina. Do total aplicado em mobile marketing, 80% foram destinados à SMS, mas a previsão é que em 2011 o número caia para 48%, pois outras ferramentas ganharão cada vez mais destaque.

Por Maria Fernanda Malozzi

Fonte: PropMark (www.propmark.com.br)
18/02/2009

Comentário do Claudemir: Partindo de um mercado como o brasileiro, o que falta para poder crescer dentro desta nova forma de contato com os clientes?

É sabido que o mobile marketing é uma ferramenta de apoio a uma campanha estruturada de marketing, e também, ainda que saibamos que no Brasil a evolução do número de celulares é interessante, a tecnologia ainda não está evoluída como na Europa e EUA, o que cria limitações bastante grandes, sobretudo para as camadas mais baixas da população.

E na área farmacêutica, como podemos aproveitar esta nova forma de contato?

Existem algumas experiências interessantes desenvolvidas em parceria com empresas como a HANDS (www.hands.com.br), que podem representar algumas possibilidades de atualização para médicos, pacientes, etc. Enfim, creio que não se pode menosprezar esta avaliação nos planos de marketing de agora e no futuro, pois o mobile, não se enganem, crescerá no Brasil.

Resultados através de pessoas!

Recursos Humanos
Resultados através das pessoas

O renomado Professor da Stanford University, Dr. Jeffrey Pfeffer estará no Brasil para apresentação.

Com evidências objetivas e muita didática, Pfeffer afirma que há convenções equivocadas sobre o bom desempenho de uma empresa. Uma delas é sobre a importância que se dá à originalidade das idéias. Para ele, não há nada que comprove a vantagem de dar o primeiro chute. “Você precisa ser bom, mas não precisa chegar primeiro”, explica Pfeffer. A Amazon.com, por exemplo, foi pelo menos a quarta empresa a vender livros no sistema on-line. A Xerox inventou o primeiro microcomputador –e não se tornou o maior sucesso nessa área. “Não basta ter informação e saber o que fazer, é preciso realmente fazer algo diferente”.

O segundo pensamento convencional derrubado foi o que diz ser importante estar no setor certo para ter sucesso. Segundo o Pfeffer, a empresa de consultoria Mercer realizou estudos para identificar se havia correlação entre as taxas de crescimento de um setor e as taxas de crescimento das empresas que compunham esse setor. A conclusão foi que não existe correlação. “Você pode ser uma empresa que cresce rápido, atuando em um setor que cresce devagar, e vice-versa. O seu setor não importa”, esclareceu Pfeffer. A Booz Allen, por sua vez, identificou que as taxas de crescimento de um setor não têm relação com a capacidade de uma empresa de criar valor para os acionistas.


Para ilustrar essa conclusão, Pfeffer elenca os índices de retorno total dos acionistas de dez empresas apontadas pela revista Money como as melhores nesse quesito e mostrou aos presentes que, em um setor tão complicado como o de companhias aéreas, no qual tantas empresas, como a Varig e a Eastern Airlines, morrem, a Southwest Airlines é destaque, com retorno de 26%, mesmo índice da Wal-Mart e o maior da lista da Money. “Essas empresas entenderam o que era necessário para ter sucesso”, salienta Pfeffer.

Em relação ao tamanho da empresa, Pfeffer exemplifica: “A Southwest é a empresa aérea mais lucrativa dos Estados Unidos, e não é a maior delas. A única outra empresa aérea que obteve lucro em todos os últimos trinta anos foi a Singapore Airlines. Ela também não é a maior”. Concretamente, pesquisa realizada pela Value Line, empresa especializada em estudar investimentos, indica: em 44% dos setores considerados, existe uma correlação negativa entre o tamanho da empresa e os índices de lucratividade.

Ao criticar as fusões, já que 70% delas resultam em fracasso, o professor pergunta: “Se as fusões falham, por que queremos realizá-las?”

No campo da redução dos quadros de pessoal, isto é, do chamado downsizing, Pfeffer afirma: “A maioria das empresas faz o downsizing da pior maneira possível. O downsizing arrasa o ânimo dos funcionários e ainda prejudica a inovação, ao romper as redes sociais, necessárias ao desenvolvimento de coisas novas”. Além disso, o corte de pessoal não aumenta o valor das ações, nem a produtividade, e ainda não diminui custos.

O be-a-bá do sucesso

A partir de um estudo com empresas que abriram seu capital, o grau em que a empresa valoriza seus recursos humanos impacta sua sobrevivência. Dados colhidos por uma equipe da universidade de Stanford demonstram que:

• o compartilhamento de informações entre as pessoas da organização dobra a possibilidade de sobrevivência de uma empresa que abriu seu capital;
• se os funcionários participam da contratação de seus futuros colegas de trabalho (para que se encaixem na cultura da empresa), a possibilidade de sobrevivência triplica;
• empresas fundadas sob um modelo de “participação” têm 12 vezes mais possibilidade de abrir seu capital;
• nenhuma das empresas fundadas sob um modelo de compromisso faliu durante o período de cinco anos do estudo.

Resumindo, a fórmula básica do sucesso é: “Cuide do cliente e cuide dos colaboradores. Além disso, parem com essa coisa de benchmarking! Digam a vocês mesmos: ‘Eu hoje não copiarei as coisas idiotas que meus concorrentes fazem para obter resultados ruins’”.

Mas o que, de fato, diferencia as empresas?

“A essência de uma relação –de emprego, inclusive– é um compromisso mútuo. Isso, junto com a segurança no emprego, diferencia as empresas umas das outras”, garante Pfeffer. O recrutamento que considera a capacidade do indivíduo de adaptar-se à cultura da empresa é uma delas. Outra prática essencial é o investimento constante em treinamento e desenvolvimento. A Singapore gasta 30% de sua folha de pagamentos em treinamento. Eles não diminuem o treinamento, se as coisas ficam difíceis.

“Mas, se você treina as pessoas, do que isso lhe servirá, se não tiverem poder decisório?” A descentralização do processo decisório é um fator crítico ao alto desempenho. O estudioso lembra do brasileiro Ricardo Semler, que argumenta que devemos eliminar hierarquias.

A quinta prática que leva à alta performance é fazer com que a remuneração dependa também do grupo, não apenas no indivíduo. A possibilidade de ascensão na empresa é importante também. “Organizações de sucesso eficazes constroem sua liderança na casa. Se você precisa procurar fora, isto significa que falhou”, alerta o contundente professor.

Partilhar informação, numa relação de confiança, é mais uma prática crítica. Por fim, a redução das diferenças de status entre as pessoas, isto é, o estabelecimento de uma cultura igualitária, é fundamental para a promoção do alto desempenho.

O pesquisador exemplificou o caso da SAS, que tem menos de 4% de rotatividade de pessoal e é reconhecida como uma das melhores empresas para se trabalhar. Ao mesmo tempo, é a maior empresa de software de capital fechado do mundo. Atende 96 das cem maiores empresas da revista Fortune e tem 98% de índice de retenção de clientes, ou seja, é um sucesso.

Alinhando para fazer diferente

Uma recomendação de leitura: Monty Roberts: o homem que ouve cavalos. “Este é o melhor livro que já li”, diz Pfeffer. “O que ele diz é que, mesmo o cavalo que nunca foi domado, fica feliz quando é montado, pois é uma criatura sociável. Em vez de impôr regras, você deve fazer um carinho no animal e criar uma relação de confiança; só aí ele deixa você montá-lo.” O palestrante lembrou que a origem latina da palavra management vem de manejar, dirigir. “No entanto, o pensamento geral das empresas é ‘Como posso ter mais força ou mais formulários que lutem contra as pessoas?’ Devemos usar as habilidades naturais a favor da empresa, ou seja, devemos domá-las.”

Pfeffer sugere que o diagnóstico das organizações seja feito dentro do processo de “alinhamento”, que leva em conta as seguintes questões:

• qual é a estratégia de sua organização?
• o que a diferencia dos concorrentes?
• quais são as capacitações e competências pretendidas por sua empresa?
• quais capacitações, habilidades, atitudes e comportamentos são necessários para que sua empresa execute com sucesso a estratégia pretendida?
• quais são as políticas e práticas atuais de sua empresa com relação a recrutamento, seleção, remuneração e desenvolvimento profissional?

A partir das respostas a essas perguntas, o professor propõe que se monte uma matriz que cruze as práticas relacionadas à gestão de pessoas (seleção, treinamento, governança etc.) com as habilidades críticas à organização, que podem ser, por exemplo, trabalho em equipe, compromisso, foco no cliente e outras. Para cada cruzamento, deve ser atribuído um valor que pode variar de “disfuncional” a “altamente consistente”. Assim, o diagnóstico é facilitado.

Não basta saber o que fazer

Pfeffer salienta que, muitas vezes, os gestores sabem o que fazer, mas não o fazem.

A recomendação é que se meça a distância entre o que se sabe e o que não sabe. O processo é o seguinte: primeiro, faça uma lista de práticas e ações gerenciais. Depois, peça às pessoas da organização que digam em que medida tais práticas estão ligadas ao desempenho organizacional. Em seguida, peça que elas digam em que medida essas ações estão sendo colocadas em prática. Sua avaliação deverá identificar se existe acordo sobre o que produz e o que não produz sucesso, bem como sobre o que a empresa efetivamente faz e o que não faz. Se não houver acordo, você deve se esforçar para criar um entendimento comum do negócio e da estratégia. Meça as discrepâncias ao longo de tempo e, com esse exercício, as lacunas vão se fechando

O palestrante menciona que são muitas as razões pelas quais as pessoas nas organizações não agem em conformidade com o que sabem. Ter medo de ser diferente no mercado, de enfrentar um conflito interno ou de perder o emprego são algumas delas. A postura de vítima também emperra a mudança, bem como a excessiva competição interna.

É comum o apego ao passado, pois fazer o que sempre foi feito dá mais segurança. Escolher o melhor agora e o pior depois, quando deveria ser o contrário, leva as organizações a não agir. Além disso, o desconhecimento dos processos é, em muitos casos, um forte bloqueador da mudança e, conseqüentemente, dos resultados. Pfeffer é incisivo: “Se você deixar que sua empresa seja dirigida por quem não tem experiência, você vai fracassar”.

O professor alerta para o excesso de métricas e para métricas que medem coisas erradas: “Cada negócio tem sucesso com base em dois ou três motivadores. Não faça medidas em excesso.” Segundo ele, normalmente medimos o que é fácil e não o que é importante.

O que leva à ação

Pfeffer aponta dois fatores fundamentais que levam as pessoas a agir:

• planos de carreira que favorecem pessoas que realmente conhecem o trabalho da organização e que o fazem efetivamente;
• uma cultura que valorize a simplicidade, na qual o bom senso seja valorizado.

A receita de simplicidade de John Sall, co-fundador do Instituto SAS é: ’Ouça seus clientes. Ouça seus funcionários. Faça o que eles dizem’.

Para que não se fique preso ao passado, a recomendação é construir uma organização em que as pessoas questionem constantemente os costumes enraizados e sejam forçadas a fazer coisas novas de maneira diferente. “O tempo gasto falando do passado é tempo improdutivo. Quanto tempo você passa falando de coisas que não pode mudar? Em um ano, pode-se mudar muita coisa.

Para eliminar o medo, uma outra potente barreira, é preciso incentivar a comunicação transparente sobre fatos e expectativas e dar às pessoas uma segunda oportunidade, pois todos erram, inclusive os líderes. “Se você quer que as pessoas coloquem sua mente e sua alma no trabalho, perdoe os erros. As pessoas não podem ser punidas por tentar. Demonstre compaixão, solidariedade e solicitude”.

Quanto às métricas, Pfeffer salienta que devem focar mais os fatores críticos de sucesso da organização, refletindo o modelo de negócio, a cultura e a filosofia da empresa. Em relação à competição interna, o conselho é contratar pessoas que saibam trabalhar em equipe e evitar usar remuneração e métricas baseadas no sucesso individual.

Segundo o palestrante, as pequenas coisas, os comportamentos mais simples, entram no rol das mudanças que podem ser empreendidas. “Poucas empresas têm um presidente que se preocupa com a música dos eventos, por exemplo, ou sobre como as pessoas se sentam nas reuniões. É nas pequenas mensagens que mandamos, quando interagimos uns com os outros, que estão as coisas mais importantes.” O professor lembra que, no veloz mundo high tech, muitas vezes a educação fica de lado ao atendermos um telefonema ou não retornarmos um recado. “Acreditamos que, se não fizermos dez coisas ao mesmo tempo, não somos eficientes. Acabamos, assim, esquecendo-nos de sermos gentis com nossa equipe.”

HSM Online
25/05/2009

Kotler - 5 passos para o sucesso em marketing!

Marketing
Kotler: 5 passos para o sucesso em marketing

Confira as dicas do professor Philip Kotler, da Harvard University. Ele também estará no Fórum Mundial de Marketing e Vendas.

Philip Kotler é professor de Marketing Internacional da Kellogg School of Management, da Harvard University, há mais de 20 anos. Ele será um dos palestrantes do Fórum Mundial de Marketing e Vendas 2009, que acontece nos dias 19 e 20 agosto, organizado pela HSM.

Confira ,a seguir, o que esse especialista entende como os cinco passos para o sucesso em marketing:

1. Chegue sem ser pego pelo radar. A chave para a construção da marca é ter algo bom, que você revela de maneira muito inteligente. Algo que seja até mesmo invisível por um tempo, porque você quer estar fora da tela do radar dos concorrentes.

2. Conheça seu cliente. Você tem que entender e escolher os clientes que você quer atender. Não vá, simplesmente, atrás de todo mundo. Defina o mercado-alvo cuidadosamente por meio da segmentação de mercado e, então, posicione-se como diferente e como superior para aquele alvo específico de mercado.

3. Tenha sua estratégia de branding. Nós não estamos mais em um estado de concorrência; estamos em uma condição de hiperconcorrência. Então, as pessoas estão desesperadamente em busca de algo a que se agarrar, como itens funcionais dos produtos e apelos emocionais a eles. Deveríamos pensar em ter uma palavra, ou uma frase, que ajudasse a construir retenção e lealdade por parte dos clientes.

4. Permaneça à frente da concorrência. O ruim é que, se algo funcionar, seus concorrentes vão copiar e, antes que você perceba, qualquer coisa que você tenha como diferencial será imitada pelos outros. Portanto, você está no ramo da inovação constante. Pergunte-se o tempo todo: “Daqui a três anos, qual será nosso diferencial?”

5. Crie uma experiência. De vez em quando, vemos que alguém desenvolveu uma abordagem totalmente nova para um mercado maduro. Há um grande movimento no sentido de dizer “nós não estamos apenas acrescentando serviços ao nosso negócio e ao nosso produto; estamos, na verdade, tentando criar uma experiência”. Estamos no negócio do desenvolvimento de experiências.


HSM Online
19/06/2009

O ótimo é inimigo do bom? Vale a pena rever...

Gestão
Ótimo é inimigo do bom?

Essa famosa expressão do mundo corporativo pode ser, na verdade, o cúmplice do péssimo. Leia mais detalhes.

Durante as últimas décadas – antes, portanto, da atual crise justificar todo tipo de abuso – tem prosperado entre nós um desses movimentos que nascem tímidos, crescem, avançam e, quando nos damos conta, assumem o comando e ditam as regras dos nossos negócios e até das nossas vidas.

Um movimento que nasce de um ditado “popular” de origem aparentemente desconhecida (ao menos pra mim), e que vai conquistando espaço na cabeça das pessoas mais conservadoras ou complacentes, vira mantra no discurso de executivos, marqueteiros e publicitários práticos ou cínicos e alcança, por fim, toda a estrutura das nossas vidas e organizações, incluindo sua direção.

Com o tempo, o que era tático passou a ser estratégico, uma iniciativa esporádica e pontual tornou-se, então, uma forma esperta (ou, como preferem alguns, “criativa”) e permanente de viabilização de ações e objetivos previstos nos planejamentos das empresas, passando, por fim, a constituir a própria estratégia e a condicionar, no nascedouro, toda a sua construção: “o ótimo é inimigo do bom”; “o ótimo é inimigo do bom”; “o ótimo…”.

Passou-se, em seguida, a esgarçar todas as fronteiras, a buscar formas sempre mais “criativas” de viabilizar estratégias e ações, a aceitar, sem constrangimento, benefícios discutíveis por custos indiscutíveis, a trocar, enfim, o tal ótimo, aparentemente inútil e “inacessível”, pelo bom, inofensivo, manso e certamente possível. O resultado, embora cantado em verso e prosa, passou a ser apenas um detalhe. Um detalhe.

A partir disso, estimulado pela competitividade crescente e pela busca insaciável de produtividade (“produtividade”!?), o mercado em geral, e o nosso de forma mais particular, condicionou-se a aceitar todo tipo de restrição e toda sorte de pressão no sentido de esquecer, abandonar, sepultar o ótimo. “Precisamos ser criativos!!!” – todos já devem ter ouvido esta frase um dia. Algumas vezes, com certeza, acompanhada do irresistível e prático “afinal, o ótimo é inimigo do bom!”.

Bom… Assim fomos avançando, mercado e sociedade, primeiro aceitando o louvado “bom” em lugar do irritante “ótimo”. Depois, com um empurrão aqui e uma “flexibilizadinha” ali, passamos a aceitar o “regular” no lugar do “bom”, afinal ele também é inimigo do “ótimo” e, ao que parece, tem algum parentesco com o “bom”.

Por fim, afrouxados, “criativos” e algumas vezes ameaçados, acabamos por engolir o “péssimo”, que, cúmplice do “bom” e do “regular”, odeia e despreza o “ótimo” e topa qualquer parada.

Infelizmente, é bem fácil constatar a previsível vitória do tal “bom”, com sua frouxidão, sua complacência e sua inesgotável flexibilidade. Basta olharmos à nossa volta, lermos um jornal ou uma revista, assistirmos à televisão, navegarmos pela internet: aceitamos o péssimo político, cínico e inatingível, com suas péssimas práticas; aceitamos o péssimo jornalista e a péssima relação de seus veículos com a verdade; aceitamos também, é claro, os péssimos publicitários e sua péssima, ineficaz e dispendiosa propaganda; aceitamos inclusive, e, em alguns casos até os cultivamos, os péssimos fregueses, com seu desrespeito cotidiano pelo nosso tempo, pelo nosso trabalho e, claro, pela integridade dos nossos negócios.

Esta lista, aparentemente, não tem fim e pode incluir ainda os péssimos e incensados jogadores de futebol; os péssimos músicos e seus péssimos discos. Você, certamente, também tem sua lista de péssimos. Faça um pequeno esforço. Que tal as dez campanhas “mais” péssimas da história? Não vale propaganda de cerveja. Ou os dez políticos “mais” péssimos do país? As dez músicas, companhias aéreas, agências, restaurantes, filmes, etc.

Mas, lembremos, nós é que construímos tudo isso. Nós é que contribuímos para esta degradação. Todos somos cúmplices. E o que nasceu de um ditado estúpido, repetido estupidamente pelas ruas, estádios, congressos e, claro, empresas, com seus corredores povoados de gente complacente e arrivista, tornou-se uma verdade esmagadora, um sinal dos nossos tempos mesquinhos e desinteressantes, em que desvalorizamos e atacamos uma ótima idéia ou um trabalho ótimo apenas porque eles são os maiores inimigos da nossa enorme preguiça ou, pior, do nosso ilimitado medo.

Assim, creio, está mais do que na hora de começarmos a reverter este péssimo quadro. Que tal invertermos o tal ditado? Que tal repetirmos milhões de vezes, até acreditarmos: “o bom é inimigo do ótimo!”? Será um ótimo começo. Aí, quando você vir alguma coisa “apenas” boa, pense em como seria se ela fosse ótima. Exija um pouco mais. Aceite que ela possa, eventualmente, até custar também um pouco mais, mas exija, insista, que seu resultado também seja um “pouco melhor”, ou que, no mínimo, ele seja realmente bom.

Por Augusto Diegues (presidente da Futura Propaganda)
HSM Online
17/06/2009

A lógica do Cisne Negro!

"A idéia central deste livro é abordar nossa cegueira em relação
à aleatoriedade, particularmente os grandes desvios: por que
motivo nós, cientistas ou não, figurões ou caras comuns, tendemos
a ver os centavos em vez dos dólares? Por que continuamos
a nos concentrar nas minúcias e não nos eventos significativamente
grandes que são possíveis, apesar das provas óbvias de sua
influência gigantesca? E se você acompanhar meu argumento,
por que motivo ler jornais, na verdade, reduz seu conhecimento
sobre o mundo?"

Vale a pena a leitura, pelo tom provocador sobre o mundo corporativo. Baixem o primeiro capítulo em:- www.record.com.br/logicadocisnenegro/pdf/pdf_livreto.pdf

terça-feira, 23 de junho de 2009

A eterna briga pela inovação! O ENIGMA acabou...

Inovar, Inovar e inovar. Creio que durante as últimas décadas, esta foi a tônica do ser humano, sobretudo para os que trabalham na indústria em geral. Segundo alguns autores, a inovação caminha ao lado da criatividade, e esta ao contrário do que se imagina, não surge como um "raio" ou "centelha" divina iluminando a mente de poucos afortunados.

Artistas, cientistas e empresários vivem da criatividade. Empresas dizem valorizá-la, mas nem sempre esse discurso se traduz no surgimento de idéias próprias, especialmente quando se sabe que, em um mundo tecnológico, a informação está disponível a qualquer momento, a qualquer um. E aí vem a pergunta: "De onde poderemos tirar a próxima grande idéia?". Em busca desta resposta, líderes alocam recursos em inovação, sem ter a menor idéia de como a "inspiração criativa" funciona.

O autor "Andrew Razeghi" com o livro ENIGMA (Ediouro, já em português) tenta elucidar este intrincado mecanismo de como surgem as novas idéias, e faz um belo apanhado sobre o tema, chegando a conclusão de que podemos "disciplinar" nossa mente para chegar mais rapidamente a conclusões e idéias que podem ser utilizadas mais rapidamente.

A leitura é agradável e realmente leva a uma forma de pensar e de perceber o mundo no mínimo inusitada e diferente. Bom para nós, profissionais de marketing que precisamos e vivemos sob a hégide da inovação a todo custo.

Emprego formal reage, mas saldo da crise ainda é negativo

Emprego formal reage, mas saldo na crise ainda é negativo (Folha de S. Paulo)

A indústria química e de produtos farmacêuticos gerou, em maio, 799 empregosJornalista: Juliana Rocha
23/06/2009 -

A geração de empregos de maio foi a maior desde o agravamento da crise financeira, em setembro de 2008. No mês passado, foram gerados 131,6 mil postos de trabalho com carteira assinada, no saldo de contratações e demissões.

Apesar de a criação de novos empregos ter crescido pelo quarto mês consecutivo, ainda não foi suficiente para compensar as demissões feitas nos três meses em que a crise afetou o mercado de trabalho no Brasil.

De novembro do ano passado a janeiro deste ano, foram fechados 797,5 mil empregos formais. De fevereiro a maio, foram criados 281,8 mil postos. Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho.

O economista Fábio Romão, especializado em mercado de trabalho, afirma que as demissões feitas no auge da crise só serão zeradas em setembro, ou seja, a geração de empregos será igual aos postos de trabalho fechados. Os cálculos levam em consideração as variações sazonais, como a alta do desemprego em dezembro.O ministro Carlos Lupi (Trabalho) disse que em junho a criação de vagas será ainda maior que a de maio e deverá ficar próxima de 200 mil postos. Ele acredita que a indústria de transformação e a construção civil puxarão as contratações com carteira assinada.

Lupi cobrou dos colegas de governo medidas que continuem incentivando a economia e, consequentemente, o aumento do emprego. "Precisamos continuar com a redução de juros, as medidas de estímulo ao crédito, as ações anticíclicas para estimular o consumo."Lentidão na indústriaTodos os grandes setores da economia tiveram alta do nível de emprego em maio. Mas a indústria mostra ainda resistência em voltar a contratar. Os números de maio mostram que o nível de emprego ficou quase estável no setor, com a geração de apenas 700 postos com carteira assinada.

Algumas indústrias seguem demitindo, em especial aquelas ligadas às exportações e aos investimentos. O setor de metalurgia fechou 5.499 empregos em junho e o de materiais elétricos demitiu 2.917 funcionários com carteira assinada.Na indústria, o setor que teve a maior recuperação no mês passado foi o de alimentos e bebidas, com a geração de 13,3 mil postos de trabalho com carteira assinada. Esse foi o setor que mais demitiu funcionários com carteira assinada no fim do ano passado.

O destaque entre as contratações foi a agricultura, que surpreendeu especialistas, com a geração de 52,9 mil novos postos de trabalho. O setor de serviços aparece em segundo, com 44 mil novos empregos formais. Na construção civil, 17,4 mil funcionários conseguiram empregos com carteira assinada, e, no comércio, 14,6 mil.Segundo Romão, com exceção da indústria, os demais setores caminham para voltar ao nível normal de contratações, na média da última década.Para a economista Marcela Prada, da Tendências Consultoria, o resultado de maio ainda não é um bom indicador para a economia.

"O saldo ainda é menor que no ano passado. A geração de empregos melhorou, mas ainda é fraca", disse. Em maio do ano passado, foram criados 202,9 mil empregos formais, 35% a mais que em maio deste ano.

Não é como nossa mãe dizia...

Não é como sua mãe dizia (Revista Istoé)
Jornalista: Carina Rabelo e Greice Rodrigues23/06/2009 -

Elas são tão antigas que ninguém mais sabe quando ou por que surgiram. Mas o fato é que dezenas de ideias equivocadas sobre nosso corpo e nossa saúde permanecem ano após ano em uma lista de verdades absolutas - sem que tenham qualquer fundamento.

São falácias como a recomendação de que se deve consumir oito copos de água por dia ou então que é preciso cortar o cabelo para que os fios cresçam mais fortes.

Agora, um livro que acaba de ser lançado nos EUA se propõe a derrubar alguns dos mais populares desses mitos da medicina. Intitulada `Don`t Swallow your Gum - Miths, Half-Truths and Outright Lies about your Body and Health` (Não engula o seu chiclete - mitos, meias verdades e mentiras sobre o corpo e a saúde), a obra foi escrita pelos pediatras Aaron Carroll e Rachel Vreeman e será publicada no Brasil no próximo semestre.Professores da Universidade de Indiana, eles escreveram o livro depois do frenesi causado na comunidade médica pelo artigo de sua autoria Medical Myths Even Doctors Believe (Mitos da medicina nos quais até os médicos acreditam), publicado no British Medical Journal em dezembro de 2007.

`Os médicos têm resistência em reconhecer que estão errados, mesmo com as evidências provando o contrário`, afirmou à ISTOÉ Carroll. `Houve tanta repercussão que decidimos publicar o livro`, disse Rachel à ISTOÉ.

Para julgar a validade das afirmativas, os autores contrastaram as principais crenças com a literatura médica.Segundo a dupla, a sobrevivência de mitos ocorre pela confusão que se faz entre os conceitos de `causa` e `associação` na pesquisa médica.

`Quando um fato está associado a um sintoma, não quer dizer que gere o sintoma`, explica Rachel. É o caso da ideia de que tempo frio causa resfriado. Ele não causa, mas como o resfriado, por outras circunstâncias, é mais comum no inverno, a sabedoria popular criou uma verdade por associação. Portanto, é natural que você já tenha acreditado em muitas das sentenças apresentadas nos quadros desta reportagem.

Mas aqui vão os argumentos para que você não se equivoque mais a partir de agora.Enganos sobre a comida e a bebidaQuase todo mundo já foi orientado a tomar oito copos de água por dia. O primeiro registro da recomendação é de 1945, quando o National Research Council, dos EUA afirmou que adultos deveriam tomar dois litros e meio de água diariamente. Porém, segundo os autores americanos, trata-se de um mito. A contribuir com a posição está Heinz Valtin, da Escola de Medicina Dartmouth.

Ele fez uma revisão na literatura médica e consultou nutricionistas em busca de evidências que justificassem o conselho. `Não encontrei nenhum suporte científico`, disse à ISTOÉ. O tema, entretanto, suscita debate.

O gastroenterologista Eduardo Berger, do Hospital Edmundo Vasconcelos, defende a recomendação. Segundo ele, perdemos cerca de três litros de água por dia através da urina, do suor e da respiração, que devem ser repostos sob o risco de desidratação.Nessa categoria de alimentação x saúde, há outros mitos. Um deles diz respeito à alimentação noturna e ganho de peso.

Uma opinião quase unânime é a de que comer à noite engorda. O conceito prevalece a despeito do fato de muitos estudos mostrarem que não existe associação entre o horário da refeição e o ganho de peso em indivíduos com peso normal.Cortando ou não, o cabelo cresce um centímetro por mêsUm dos trabalhos citados por Carroll e Rachel foi feito na Suécia e revelou que o ganho de peso está relacionado apenas à quantidade de calorias consumidas ao longo do dia. Outra pesquisa, da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, reforça a constatação.

O estudo envolveu 2.980 homens e mulheres obesas e não obesas. Os estudiosos não encontraram relação significativa entre alimentação noturna e ganho de peso. Exceto entre as obesas, que ganharam em média cinco quilos.

A explicação seria a de que, para elas, já com tendência ao acúmulo de gordura, a refeição à noite é ainda mais prejudicial. Magra por natureza, a arquiteta carioca Gorete Colaço, 39 anos, nunca fez dieta e come à noite sem restrições. `E levanto de madrugada para comer chocolate`, diz.Quando você era criança, provavelmente foi repreendido pelos seus pais por querer dar um mergulho após a refeição. Mas, segundo os médicos americanos, isso também não tem respaldo da ciência. O que especialistas brasileiros acreditam, porém, é que o melhor é evitar entrar na piscina após uma refeição pesada.

`Se a pessoa comer uma feijoada pode ser prejudicial`, diz Berger. Ele sustenta a ressalva com a explicação de que uma digestão mais trabalhosa exige maior quantidade de sangue.Usamos muito mais do que 10% do cérebroIsso implica redução do fluxo sanguíneo nos músculos no cérebro. `Qualquer atividade que exija esforço, se feita nesse período, pode provocar desmaio ou algo mais grave.

` Contrariando o mito, o professor de natação Alexandre Teobaldo, da Academia Swimming Center, em São Paulo, nada logo após as refeições. `Sinto câimbra quando nado sem ter me alimentado`, diz.Conceitos errados sobre o corpo.

Quem já não ouviu a velha história de que cortar o cabelo ajuda os fios a crescerem mais fortes?E as máximas de que ler no escuro estraga a visão, de que nunca se deve acordar um sonâmbulo ou a afirmação de que só usamos 10% do cérebro? Está tudo errado. `Não há nada que altere o ritmo de crescimento dos cabelos`, diz a dermatologista Maria Fernanda Gavazzoni, da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro.

`Eles crescem um centímetro por mês, independentemente de terem sido cortados ou não.` A publicitária Gisele Hermeto, de São Paulo, sempre acreditou no mito. `Corto o cabelo a cada dois meses para ele ficar mais bonito.` Não há fundamento também no medo de despertar um sonâmbulo.

`No máximo ele vai acordar assustado e desorientado`, diz o neurologista Luciano Ribeiro Pinto, do Instituto do Sono, de São Paulo.Em relação aos prejuízos à visão quando se lê com pouca luz, a verdade é que a atitude gera, no máximo, ressecamento dos olhos. `Mas não há dano permanente`, diz o oftalmologista Noé Luiz De Marchi, da Associação Médica Brasileira. A crença que relaciona a intensidade da luz a prejuízos oculares apareceu depois da associação de casos de estrabismo à leitura à luz de velas, frequente nos tempos sem energia elétrica.Já o engano de acreditar que usamos apenas 10% do cérebro surgiu na primeira metade do século XX, quando alguns gurus e - dizem - Albert Einstein teriam feito tal afirmação. Os autores do livro são enfáticos em dizer que isso não passa de uma bobagem.`Exames de imagem mostram que nenhuma parte do cérebro permanece completamente inativa`, afirmam os médicos. `Você utiliza 100% do seu cérebro`, escreveram Rachel e Carroll.

O que não significa que seja bem usado, senão os mitos não prosperariam.Crenças sobre bebês e criançasMuitas são as teorias sobre técnicas que ajudam no desenvolvimento dos bebês. Nessa categoria, os vídeos educativos estão entre as opções mais usadas pelos pais. O que há de verdadeiro nisso? Segundo os pediatras americanos, nada. Uma recente pesquisa feita pela Universidade de Washington, nos EUA, indica que eles têm razão.

Os cientistas entrevistaram mais de mil famílias com crianças de até dois anos que usavam os tais vídeos. Quando perguntados sobre a evolução dos bebês, eles relataram um número limitado de palavras balbuciadas. Isso ocorreria porque o conteúdo dos vídeos tende a ter pouco diálogo e cenas curtas e desconectadas.`Os bebês ajustam sua linguagem a partir de sinais e palavras`, afirma Andrew Meltzoff, da Universidade de Washington. `Gestos dão suporte a essa aquisição e, por isso, pais e cuidadores são os melhores professores.`Outra circunstância cercada de mitos é a dentição do bebê. A maioria dos pais acredita que a febre é um sintoma de nascimento dos dentes.

Contudo, não há prova cientifica que justifique a relação, como apontou um trabalho realizado no Royal Children`s Hospital, na Austrália. `A pesquisa não confirma a forte relação feita entre a erupção dos dentes e a febre`, escreveram os autores. De acordo com o pediatra Moisés Chencinski, de São Paulo, o surgimento dos dentes é um processo natural, portanto não agressivo. `Por isso, não causa febre`, explica. Apesar da negativa entre a associação dente/febre, Paula Lopes, de São Paulo, continua acreditando que a febre que castigou seu filho André, 9 meses, foi por causa dos dentes. `Logo depois que os dentinhos apareceram, ele ficou bom.

`Equívocos sobre como contraímos e tratamos doençasAgora que chegou o inverno e o mundo vive uma pandemia de gripe, é bom saber que o frio não causa resfriados. Eles podem ser consequência de aspectos periféricos associados às baixas temperaturas. Em busca de calor, as pessoas se aglomeram em locais fechados e se tornam suscetíveis aos agentes propagados pelo vizinho.

De acordo com os americanos, os vírus atacam tanto as pessoas submetidas ao frio quanto as que estão aquecidas.`Não há, por exemplo, relação entre gripe e pés e mãos frias`, afirmam.Há, contudo, um ponto controverso porque o frio não causa gripe, mas facilita a entrada do vírus no corpo. `A atividade das vias aéreas superiores fica comprometida`, explica o médico Antônio Carlos Lopes, da Universidade Federal de São Paulo.

Segundo ele, quando o vento frio entra nas vias nasais, não há filtragem, umidificação e aquecimento do ar na região. O ar viaja direto ao pulmão com as impurezas do exterior, inclusive os vírus.Nenhuma inverdade é mais persistente do que o valor preventivo, para gripes e resfriados, da vitamina C ou dos suplementos de zinco. Vários trabalhos científicos atestam a ineficácia.Um deles foi feito pelo Departamento de Medicina Preventiva da Universidade de Santiago de Compostela, na Espanha.

`Não importa quanto você ingere de vitamina C ou zinco. Seu risco de ter um resfriado é o mesmo da população em geral`, disse à ISTOÉ Bahi Takkouche, autor da pesquisa.Carroll e Rachel também questionam a relação entre levantamento de peso e desenvolvimento de hérnia de disco. Segundo eles, é possível, mas raro, que isso aconteça.

Em geral, a dor que pode ser sentida quando se levanta algum peso apenas evidencia a existência prévia de uma hérnia. Os principais fatores que geram o problema são a predisposição genética, os vícios de postura e o desgaste das cartilagens ocorrido com o envelhecimento. `Ela pode surgir também a partir de uma fissura gerada por um movimento brusco`, afirma o reumatologista Milton Helfenstein, da Unifesp.Estudo com 129 pacientes com hérnia de disco revelou que nenhuma foi causada por levantamento de pesoApenas 10% das hérnias necessitam de intervenção cirúrgica.

A maioria se resolve com tratamentos como acupuntura, a técnica que enfrentou preconceitos e resistências da classe médica ocidental até praticamente o final do século passado. No livro, eles provam que a colocação das agulhas funciona. `Sua eficácia é muito grande`, afirma o médico Hong Jin Pai, diretor do Centro de Dor do Hospital das Clínicas de São Paulo.

Foi graças ao método que a bancária Márcia Meirelles, 51 anos, de São Paulo, conseguiu o que parecia um milagre: amenizar o incômodo provocado pela síndrome das pernas inquietas, distúrbio neurológico caracterizado por sensações anormais nas pernas, como tremores. `Hoje, consigo ficar sentada sem que as pernas se movimentem sozinhas.

`Mitos sobre sexo e gravidezNenhum tema de saúde parece tersofrido mais preconceito que os relacionados à gravidez e ao sexo. Afinal, é verdade que solteiros têm vida sexual mais prazerosa que os casados? Segundo os pediatras americanos, nem sempre. Um estudo citado no livro, feito por uma entidade americana que analisa o comportamento sexual, mostrou que homens solteiros fazem menos sexo que os casados. Cerca de 23% dos solteiros afirmaram não ter tido relação sexual no ano anterior à pesquisa. Já entre os casados esse índice era de apenas 1%.

`A satisfação sexual independe do estado civil`, afirma o ginecologista e terapeuta sexual José Carlos Riechelmann, presidente da Associação Brasileira de Sexologia.Entre outras dúvidas que também mereceram a atenção dos autores está a ideia de que virgens não têm abertura no hímen, membrana presente na entrada da vagina. De acordo com a ginecologista Maria Cecília Erthal, do Centro de Fertilidade Rede D`Or, do Rio de Janeiro, o hímen de mulheres virgens possui sim uma pequena abertura por onde passa, por exemplo, o sangue menstrual. O medo de ter a ruptura da membrana durante um exame ginecológico é infundado.

`Existem aparelhos exclusivos para virgens`, diz a médica.Os médicos americanos acabaram ainda com o engano de achar que repouso previne parto prematuro. Apesar de ser frequente, a recomendação não tem amparo científico.Os trabalhos mais importantes feitos a respeito do assunto não apontaram benefício. `Não há evidência de que o descanso tenha algum efeito na prevenção de parto prematuro`, escreveram, por exemplo, os autores de uma revisão sobre o tema, realizada pelo Instituto Cochrane.

Outro equívoco é acreditar que vacina causa autismo (transtorno psiquiátrico que pode levar a retardo mental e isolamento). A origem deste mito data de 1998, quando um estudo publicado na revista científica The Lancet lançou a suspeita.

O trabalho analisou 12 crianças, nove delas autistas. Oito pais acreditavam que a doença havia se desenvolvido depois de as crianças terem recebido a vacina tríplice viral (contra rubéola, caxumba e sarampo).Desde então, vários experimentos foram realizados para investigar a possível associação. Nenhum encontrou qualquer indício de que isso era verdadeiro. Em 2005, uma revisão de 31 pesquisas sobre o assunto realizada pelo Instituto Cochrane garantiu mais sustentação à inexistência de vínculo. `A ideia de fato não passa de um temor infundado`, diz o médico Fábio Castro, vice-presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia.Desde então, vários experimentos foram realizados para investigar a possível associação. Nenhum encontrou qualquer indício de que isso era verdadeiro.

Em 2005, uma revisão de 31 pesquisas sobre o assunto realizada pelo Instituto Cochrane garantiu mais sustentação à inexistência de vínculo. `A ideia de fato não passa de um temor infundado`, diz o médico Fábio Castro, vice-presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia.