quarta-feira, 24 de junho de 2009

Existe "vida" abaixo da linha dos "blockbusters"?


O que acontecerá quando tudo no mundo se tornar disponível para todos?

Quando o valor conjunto de todos os milhões de itens que talvez vendam apenas uns poucos exemplares for igual ou maior do que o dos poucos itens que vendem milhões cada um?

Quando um grupo de crianças sem intenção de lucro for capaz de gravar uma canção ou produzir um vídeo, distribuindo-os pelos mesmos meios eletrônicos explorados pelas mais poderosas empresas de grande porte?

Chris Anderson, editor-chefe da revista Wired, explorou pela primeira vez o fenômeno da Cauda Longa em um artigo que se tornou um dos mais influentes ensaios sobre negócios de nosso tempo. Usando o mundo dos filmes, dos livros e das músicas, mostrou que a Internet deu origem a um novo universo, em que a receita total de uma multidão de produtos de nicho, com baixos volumes de vendas, é igual à receita total dos poucos grandes sucessos.

Então, cunhou o termo "Cauda Longa" para descrever essa situação, o qual, desde então, tem sido citado com destaque pela alta gerência das empresas e pelos meios de comunicação em todo o mundo.

"Embora ainda estejamos obcecados pelos sucessos do momento", escreve Anderson, esses hits já não são mais a força econômica de outrora.Mas, para onde estão debandando aqueles consumidores volúveis, que corriam atrás do efêmero?"

A leitura do livro "Cauda Longa" é no mínimo recomendada para quem quiser vislumbrar que no futuro, quando pudermos "zerar" os custos de estocagem, envio e tudo se limite a "bits", não haverá praticamente produto que não encontre seu mercado. No mercado musical, isto fica claro, pois sabe-se que os downloads de músicas já são milhoes/dia e superam a compra de CD's (e conseguem um fenômeno de "personalização" para cada usuário de sua coletânea preferida).

Por estes motivos, e como fundamento de pensamento crítico, vale a pena a leitura.

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