quinta-feira, 25 de junho de 2009

Efeito pigmaleão! Marketing e gestão de pessoas...


Conversando com um amigo da empresa há dias atrás, deparei com o tema "efeito pigmaleão" e resolvi escrever um pouco sobre o tema, pois sua interpretação é muito interessante para o marketing e para a gestão de pessoas. Há muito material sobre o tema, e portanto, poderíamos postar diversas variações sobre o impacto em diversos setores, já que estamos falando de comportamento humano.

Há uns anos atrás, numa universidade dos Estados Unidos, testou-se a influência do "efeito Pigmaleão" ou
efeito Rosenthal no desenvolvimento dos indivíduos.

A cada um dos estudantes que participou no estudo foi dado um rato de laboratório e um labirinto. A ideia era fazer com que os ratos aprendessem a sair do labirinto.

A metade dos estudantes foi dito que o seu rato era "atrasado mentalmente" e que teriam que ter paciência, porque provavelmente este iria levar algum tempo até aprender onde é que era a saída.

A outra metade dos estudantes foi dito o contrário: estavam na posse de ratos extremamente inteligentes, que muito provavelmente iriam achar num ápice a saída do labirinto.

Na realidade não havia diferenças entre os ratos, eram todos simplesmente ratos, e teriam reações que só um rato pode ser. Mas os estudantes não o sabiam.

Curiosamente os ratos “inteligentes” descobriram rapidamente a saída e aprenderam facilmente o caminho a tomar dentro do labirinto. Os ratos “atrasados mentalmente” levaram muito mais tempo quer a descobrir, quer a aprender o caminho.

A experiência foi um sucesso, estava provado o Efeito Pigmaleão.

Ora se não existiam diferenças entre os ratos porque é que os supostamente inteligentes foram de fato os mais inteligentes? Porque, segundo diz a teoria, as expectativas e a percepção que temos relativamente a determinadas coisas ou indivíduos, mudam a nossa maneira de nos relacionarmos no sentido de alinharmos a realidade com o modo como a vemos.

O que aconteceu foi que os estudantes que tinham os ratos “inteligentes” falavam com eles, estimulavam-nos mais, recompensavam-no com mais frequência, e tinham muito mais paciência para os ensinar que os estudantes que ficaram com os ratos “atrasados mentalmente”: já estavam à espera que o rato teria um resultado ruim, e portanto nem os tratavam bem, nem se esforçavam minimamente para lhes ensinar a saída.

Há diversos artigos sobre o efeito pigmaleão em diversas áreas, envolvendo gestão de pessoas e marketing.

Em marketing ao trabalharmos todo o conjunto de comunicação integrada, fornecendo informações sobre benefícios e vantagens de determinados produtos, ao criarmos embalagens cada vez mais "vendedoras" e ao trabalharmos a "imagem" de empresas, estamos criando "expectativas" nestes consumidores, gerando um certo "efeito pigmaleão", ou seja, intensificando a possível "experiência" que o consumidor terá com o produto final, que tenderá a ser positivo na maioria das vezes.


No caso da gestão de pessoas, o efeito pigmaleão pode ser prejudicial em alguns casos, pois tal qual o descrito na experiência acima, o gestor poderá não estimular devidamente e de forma equilibrada os colaboradores, simplesmente por um juízo prévio ou "expectativa" que poderá ser positiva ou não, e isto irá influenciar seu julgamento sobre os resultados obtidos.



Observação:
Segundo a mitologia grega, Pigmaleão era um escultor e rei de Chipre que se apaixonou por uma estátua que esculpira ao tentar reproduzir a mulher ideal. Na verdade ele havia decidido viver em celibato na Ilha por não concordar com a atitude libertina das mulheres dali, que haviam dado fama à mesma como lugar de cortesãs. A deusa Afrodite, apiedando-se dele e atendendo a um seu pedido, não encontrando na ilha uma mulher que chegasse aos pés da que Pigmaleão esculpira, em beleza e pudor, transformou a estátua numa mulher de carne e osso chamada Galatéia, com quem Pigmaleão casou-se e com quem teve um filho chamado Pafos.

O mito de Pigmaleão, como outros, traduz um elemento do comportamento humano: a capacidade de determinar seus próprios rumos, concretizando planos e previsões particulares ou coletivas. Em Psicologia deu-se o nome de Efeito Pigmaleão ao efeito de nossas expectativas e percepção da realidade na maneira como nos relacionamos com a mesma, como se realinhássemos a realidade de acordo com as nossas expectativas em relação a ela.

A lenda de Pigmalião tem atraído vários escritores. O antigo poeta romano Ovídio contou essa lenda em sua obra Metamorfoses. A versão mais moderna da lenda é a peça de Bernard Shaw, Pigmalião, ou My Fair Lady. A peça é também um musical.



Fontes:
http://razao-tem-sempre-cliente.blogspot.com
Wikipedia
http://www.4hd.com.br/blog/2001/20/marketing-pigmaleao-arte-de-gerar-expectativas/

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