sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Pão de Açúcar abre drogaria com conceito de "botica" no Rio

De olho no mercado de fármacos, o grupo Pão de Açúcar inaugura sua primeira drogaria sob o conceito "botica". O formato foi implantado na nova unidade de Ingá, em Niterói (RJ).

Esta é a quinta farmácia da rede no País e a primeira da marca no Rio de Janeiro. As outras quatro operam dentro do conceito tradicional e estão localizadas na capital paulista (2) e nas cidades de São Caetano e Santos (SP).

Com investimentos de cerca de R$ 500 mil, o projeto em Niterói tem como partida o perfil do consumidor contemporâneo, que procura cada vez mais um equilíbrio entre valores emocionais e racionais. A drogaria traz uma releitura das antigas farmácias, com inspiração nas boticas europeias e em artigos de decoração e layout que têm a madeira como elemento de aconchego e a cor verde a conectar a medicina à natureza.

Com 72 metros quadrados de área de vendas, a nova drogaria Pão de Açúcar Ingá oferece 10 mil itens, entre fármacos isentos de prescrição (MIP), toda a linha de genéricos e tarjados de prescrição médica, perfumaria e também equipamentos para controle e diagnóstico.

O Grupo Pão de Açúcar foi o varejista pioneiro no projeto de farmácias próprias na Região Sudeste, há dez anos. Atualmente a empresa conta com 156 drogarias, distribuídas em 19 estados brasileiros e no Distrito Federal, total em que São Paulo e Rio de Janeiro lideram em número de pontos, com 70 e 51, respectivamente. As demais unidades estão distribuídas no Distrito Federal, Ceará, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul, Alagoas, Goiás, Paraíba, Sergipe e Paraná.

Medicamentos

De acordo com a rede, além de preços extremamente competitivos, o consumidor irá encontrar na drogaria conforto e facilidade para compra de medicamentos, incluindo uma equipe especializada de assistência farmacêutica em tempo integral.

Entre as vantagens oferecidas, estão descontos especiais e preços iguais ou menores aos da concorrência nos medicamentos tarjados. Além de aceitar todos os cartões de crédito e débito, também conta com a facilidade do cartão próprio, com prazo de até 40 dias para pagar.

Pioneiro no setor varejista de alimentos no Brasil, o Grupo Pão de Açúcar é a maior empresa de distribuição da América Latina, com mais de 1.800 unidades, entre super e hipermercados, lojas especializadas, "atacarejo" (atacado e varejo) além de postos de combustível e drogarias, e conta hoje com cerca de 136.000 colaboradores em todo o País.

Fonte-DCI-04/01/2011

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Um momento para revisão e planos para 2011!

Aprendi desde cedo (e isto é verdade) que SE NÃO COLOCAMOS NO PAPEL NOSSO PLANO, ele será apenas uma "CARTA DE INTENÇÕES" e será sempre algo deixado para depois.

Num mundo competitivo, é importante termos em mente que continuar evoluindo é condição "sine qua non" para avançar no mercado. Este "check list" foi tirado da Revista Você S/A, e gostaria de compartilhar com vocês que acompanham o blog.

O teste a seguir, desenvolvido pela consultoria em RH Ricardo Xavier, de São Paulo, ajuda você a fazer seu balanço anual de carreira. Reserve um tempo, pegue um lápis e confira.

Alguns podem não acreditar que seja válido este tipo de teste, porém, algum nível de mensuração com métricas (obviamente) é importante para estabelecer parâmetros de onde queremos chegar.

Se puder ajudar, abraços.


Evolução intelectual

O desempenho intelectual está relacionado ao uso que você faz das coisas que aprende. Se em 2010 você fez um curso e aplicou o conhecimento no trabalho, teve bom rendimento. É importante colocar na balança também as coisas que leu, as informações que trocou, o conhecimento que disseminou. “Conhecimento não é apenas absorção de informações, mas, principalmente, troca e integração com os outros”, diz Rosa Bernhoeft. Você fala hoje sobre algum assunto com mais propriedade do que fazia há um ano? É um sinal de que você evoluiu.


Em 2010 sua evolução intelectual foi:

[ ] Excelente

[ ] Boa

[ ] Razoável

[ ] Medíocre (ou regrediu)


Amadurecimento emocional

A forma como você lida com suas emoções tem relação direta com seu crescimento na carreira. Pessoas muito impulsivas, que reagem mal a situações de pressão, e de difícil trato tendem a enfrentar mais obstáculos para persuadir pares, chefes e equipe. Olhe para o ano que passou e liste situações difíceis que vivenciou e a forma como reagiu a elas. Em quais delas você sentiu que perdeu o controle? Como isso interferiu nos seus resultados? Além disso, é importante também contar com o feedback do pessoal do escritório. “Um colega do trabalho é capaz de avaliar seu comportamento com imparcialidade, já que não está emocionalmente envolvido”, Neli Barboza, da Ricardo Xavier.



Em 2010 seu amadurecimento emocional foi:

[ ] Excelente

[ ] Bom

[ ] Razoável

[ ] Medíocre (ou regrediu)


Ampliação da experiência

Avalie se você se acomodou em 2009. À medida que você cresce na carreira, aumenta também o nível de complexidade dos problemas e situações do dia a dia. Aprender com essas situações é uma qualidade. A ampliação de experiência está relacionada a fazer coisas diferentes do usual — muito ligada à sua capacidade de empreender no trabalho. Que novas experiências ou processos você obteve no trabalho este ano? Como você exercia determinadas atividades e como passou a executá-las? “Para quem tentou criar coisas novas, mas foi barrado na empresa, talvez seja hora de pensar em mudar”, diz Neli.


Este ano sua experiência:

[ ] Ampliou significativamente

[ ] Teve uma boa ampliação

[ ] Teve uma ampliação razoável

[ ] Teve uma ampliação medíocre (ou inexistente)


Nível de motivação

É muito raro manter-se motivado por 365 dias, mas o saldo no ano precisa ser positivo. “Para quem atinge as metas, mas não está com tanto gás, o próximo passo é ter queda na produtividade”, diz Neli. Para essa análise, questione-se: com que interesse você tem exercido suas atividades? Diante dos projetos, em geral, você sente vontade de se envolver e continuar? O ideal é que o número de aspectos do trabalho que o motivam seja maior ou, no máximo, igual ao de aspectos desanimadores. Do contrário, 2011 deve ser o ano de mexer os pauzinhos e trocar de emprego.


Em 2010 sua motivação:

[ ] Cresceu ou manteve-se em nível excelente

[ ] Manteve-se em nível bom

[ ] Manteve-se em nível apenas suficiente

[ ] Decresceu ou manteve-se em nível baixo


Evolução na empresa

Cuidado: crescer não significa apenas promoção ou mudança de cargo. Sim, esses são indicativos claros, mas há outros a serem avaliados neste balanço. Você passou a ser convocado para reuniões maiores? Participou de projetos mais estratégicos? Tem recebido feedback positivos do chefe, dos pares e dos parceiros de negócio sobre seu trabalho? Esses são bons sinais de que, mesmo sem a formalização do seu crescimento com uma promoção, você ascendeu na companhia.


Sua evolução na empresa em 2010 foi:

[ ] Excelente

[ ] Boa

[ ] Razoável

[ ] Sofrível


Busca por resultados

Toda companhia está atrás de resultado e usa isso como critério de avaliação. Portanto, este quesito é fácil de ser avaliado: você atingiu suas metas este ano? No entanto, por ser uma avaliação mais objetiva e de retorno mais rápido, atenção: “É preciso cuidado para não focar demais em trazer resultado e descuidar dos outros aspectos comportamentais”, diz Rosa, da Alba Consultoria.


Em 2010 sua busca por resultados foi:

[ ] Excelente

[ ] Boa

[ ] Razoável

[ ] Medíocre


Nível de reconhecimento

De nada adianta entregar resultados bons, chegar a um cargo estratégico ou ter diversos cursos no currículo sem ter credibilidade com as pessoas que o cercam. “Quanto mais alto na hierarquia, mais o profissional precisa contar com os outros”, diz Rosa. A cada novo passo de sucesso as pessoas vão parabenizá-lo? Você sente que suas relações no trabalho são sinceras ou apenas fazem parte de um jogo de interesses? Se você for promovido para o lugar do seu chefe, será bem aceito pelo time? Atenção a isso.


Em 2010 o reconhecimento que você conquistou foi:

[ ] Excelente

[ ] Bom

[ ] Razoável

[ ] Medíocre


Ampliação do network

Uma boa rede de contatos nem sempre é a mais numerosa. Não basta conhecer gente nova. É preciso manter contato ao menos uma vez por ano, seja por e-mail, seja um encontro presencial. “A rede de relacionamento deve ser um ativo do profissional, e não um inventário”, afirma Rosa Bernhoeft. “O ideal é filtrar as pessoas com as quais não quer perder contato e manter os laços”, diz Neli. Você investiu na qualidade de seus relacionamentos em 2010?


Em 2010 sua rede de relacionamentos teve crescimento:

[ ] Excelente

[ ] Bom

[ ] Razoável

[ ] Fraco ou insuficiente


Credenciais
Este ponto está ligado ao número de cursos e certificações agregado ao currículo. Mais do que quantidade, é importante avaliar quão alinhadas as novas credenciais estão ao seu plano de carreira e às expectativas da empresa. Apesar de não ser a única forma de aprendizado, os cursos têm grande relevância para o sucesso da carreira e devem estar presentes entre suas prioridades.


Em 2010 o crescimento de suas credenciais foi:

[ ] Excelente

[ ] Bom

[ ] Razoável

[ ] Fraco ou insuficiente


Remuneração

Dinheiro não é tudo, mas a remuneração importa muito na carreira. Serve para medir o prestígio e indica que a empresa reconhece seu trabalho. Mas, como neste ano muitas empresas congelaram os salários, a falta de aumento não deve ser encarada como sinal de estagnação. Porém, é importante diferenciar o que está relacionado às políticas da empresa do seu desempenho pessoal. “Se os outros critérios avaliados foram negativos, a remuneração tende a refletir esse desempenho”, diz Neli Barboza.


Então, em 2010, o crescimento de sua remuneração foi:

[ ] Excelente

[ ] Bom

[ ] Razoável

[ ] Ínfimo ou inexistente


RESULTADO

AGORA QUE VOCÊ FEZ SUA AVALIAÇÃO, SOME OS PONTOS DE ACORDO COM A PONTUAÇÃO A SEGUIR:


Para cada resposta A, marque 2 pontos

Para cada resposta B, marque 1 ponto

Para cada resposta C, marque 0 ponto

Para cada resposta D, marque -1 ponto


ENTRE 14 E 20 PONTOS

Ótimo resultado. A manutenção da sua evolução no próximo ano depende de uma visão clara e atualizada de seus pontos fortes e fraquezas, aspectos de satisfação e insatisfação, e tudo o mais que possa afetar seu poder de decisão. Cuidado apenas para não negligenciar em 2011 os aspectos em que se saiu bem este ano, focando apenas nas deficiências.


ENTRE 7 E 13 PONTOS

É possível que você esteja com uma taxa de competitividade pessoal abaixo da necessária para uma boa evolução na carreira. Faça uma análise mais aprofundada das áreas nas quais teve baixa pontuação, procure as causas delas, discuta questões com gente de sua confiança e busque alternativas de melhoria.


Faça uma revisão de sua postura frente a seu trabalho, considerando suas preferências e objetivos de vida. Identifique quais fatores podem estar interferindo em seu resultado para que possa planejar suas ações e tomar decisões de acordo com aquilo que você busca.


Muitas pessoas ainda acreditam que a carreira é coisa do acaso ou está nas mãos da empresa, tornando-se dependentes do ambiente e dos outros.


ENTRE 1 E 6 PONTOS

Você provavelmente precisa rever suas decisões básicas de carreira, como área de trabalho, empresa, objetivos de curto, médio e longo prazo, além de suas atitudes e estratégias fundamentais. A partir de uma boa revisão, poderá refazer seu projeto de carreira e entrar em rota de crescimento no próximo ano.


IGUAL OU MENOR A O

A sua situação requer medidas urgentes, pois provavelmente está gerando desgaste e estresse elevados. Faça uma avaliação aprofundada de tudo: suas escolhas, a empresa em que trabalha, a área funcional, seus objetivos e alternativas adotadas para atingi-los. Busque feedback e ideias para melhorar — ou, quem sabe, mudar radicalmente sua trajetória profissional.


Fonte: Revista VOCÊ S/A

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Força de vendas - valor inestimável!


Quando comecei minha carreira, no final dos anos 80, a força de vendas para a indústria farmacêutica já era um item indispensável para o resultado das companhias.

Ainda bem, que mais de 20 anos se passaram, e o cenário não mudou, e ficou ainda melhor - hoje, com ferramentas mais aprimoradas de medição, e com a visita "face to face" exercendo um papel insubstituível na conquista de resultados, manejar, e sobretudo, motivar a força de vendas é tarefa obrigatória de qualquer gestor moderno.

No caso específico da área farmacêutica, diversos artigos e mesmo pesquisas que conduzimos com médicos, comprovam que o representante é uma das principais fontes de atualização do médico, e com isto, o papel do marketing atual é fornecer material suficiente não somente para "lembrar" suas marcas, mas também, tornar este profissional um verdadeiro "consultor", com valores como ética, profissionalismo, e também, conhecimento profundo sobre seus produtos, e clientes.

Por este motivo, vasculhando meus livros (agora que estou de férias), revi uma obra muito interessante que recomendo para leitura. Recomendo sobretudo para Gerentes Distritais, Regionais, Nacionais de Venda (de demanda ou venda no PDV), e até representantes/propagandistas como consulta e aprimoramento. O mais interessante são os vários setores avaliados (inclusive a indústria farmacêutica).

Livro de consulta inestimável, com instrumentos poderosos para que você obtenha o máximo de sua força de vendas, este guia prático vai ajudá-lo a criar uma organização de vendas altamente eficaz e aumentar significativamente suas vendas

Criar uma cultura de força de vendas vitoriosa (sobretudo motivada, pois com ferramentas e métricas adequadas, a motivação com objetivos claros é consequencia natural).

Usar o poder da força de vendas para criar e aperfeiçoar o relacionamento com os clientes (não podemos deixar de mencionar, que no caso da indústria farmacêutica, o relacionamento é condição primordial de resultados, e isto se conquista com valores apropriados e ética, já que hoje existem "muitos representantes", e só os que realmente tiverem valor serão respeitados).

Aproveitar as oportunidades do mercado e vencer as ameaças competitivas, mesmo numa economia imprevisível. Este manual combina o que há de mais novo em teoria da administração de força de vendas com as idéias desenvolvidas pelos autores ao longo de duas décadas de consultoria em mais de 50 países e em 18 setores diferentes.

Rico em tabelas, gráficos, quadros e listas de checagem, ele traz para você dezenas de técnicas testadas e aprovadas para melhorar seu desempenho. Você encontrará orientações inestimáveis sobre:


Remuneração por resultados

Conquista de novos segmentos do mercado usando a sua força de vendas com mais eficiência

Dimensionamento e estruturação da força de vendas para obter vantagem estratégica

Planejamento dos territórios de vendas para aumentar as vendas

Recrutamento dos melhores vendedores

Treinamento e motivação da força de vendas

Desenvolvimento de um programa em cinco etapas para manter uma excelente equipe de gerência de vendas de primeira linha

Uso de tecnologia na administração do relacionamento com o cliente ... e muito mais.

A sua força de vendas é um dos maiores investimentos - um poderoso fator de crescimento dos lucros e expansão no mercado. Com este abrangente livro de referência e solução de problemas na sua estante, você poderá alcançar o ápice do desempenho da força de vendas e manter-se competitivo hoje, no futuro próximo e num futuro distante.

Boa Leitura.. Sucesso em 2011!

domingo, 2 de janeiro de 2011

A RIQUEZA NA BASE DA PIRAMIDE UMA BREVE REVISÃO ESTRATÉGICA DO PONTO DE VISTA DA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA

Gostaria de postar um breve resumo do que vem acontecendo no mercado farmacêutico do ponto de vista de movimentação estratégica nos últimos anos, e que merece destaque. Em linhas gerais, sob meu ponto de vista, podemos dividir o mercado farmacêutico brasileiro, estrategicamente, em três blocos distintos – as marcas, os genéricos e os similares.

Para exemplificar, as marcas onde alocamos os produtos pioneiros, os precursores de cada nicho de mercado; os similares, derivados dos produtos de marcas, e os genéricos, produtos com o nome da substância ativa.

Desde 1999, com a entrada dos genéricos, o mercado brasileiro sofreu mudanças importantes, pois este segmento é o de maior crescimento em diversos nichos de mercado, e, são a base de crescimento de diversas empresas, que apostaram nesta tendência (como a Medley, EMS, etc.).

Com o vencimento das patentes de vários produtos “blockbuster” em vários mercados (vide a sildenafila, do Viagra, no ano passado, como também da atorvastatina, da mesma Pfizer), a tendência é que este segmento continue crescendo fortemente nos próximos anos.

Logo, buscam-se pacientes “na base da pirâmide”, com o apelo do menor preço possível, com a maior qualidade. Com o aquecimento da economia, e o surgimento de uma nova classe de consumidores, já demonstrada em diversos mercados (os que estão adentrando no mercado de informática, por exemplo, com os primeiros computadores, notebooks, e na internet, os que ainda fomentam o ORKUT, notadamente a classe C), esta estratégia parece lógica.

A mensagem é clara – “por que pagar mais caro, para ter o melhor?”

Esta estratégia fez com que empresas maiores, adquirissem outras, de menor porte, na busca de “market-share” e “mind-share”, sobretudo, para crescer neste mercado (como a compra da Medley pela Sanofi-Aventis, a Teuto pela Pfizer, a Neoquimica pela Hypermarcas, etc.).

Não podemos negligenciar empresas nacionais (multinacionais brasileiras seria a melhor definição) que também atuam neste segmento, como a EMS e a EUROFARMA que igualmente atuam com o mesmo modelo de negócios, buscando o mesmo público-alvo das anteriormente citadas.

Atuando em vários segmentos; de marcas, de genéricos e com similares, todas na busca de espaço nas prateleiras das farmácias, lutando pelo menor custo possível e também pelo espaço nas prescrições dos médicos em todo o país, construíram verdadeiros “exércitos” de propagandistas, vendedores, promotores, exercendo o máximo de pressão em todos os canais, buscando maior “market-share” (“mind share”) possível no mercado, e no menor tempo possível.

“O bom e barato” é a tônica (lembrando as Casas Bahia, no varejo), e por este motivo, os gráficos com comparativos de preço são a base de toda a comunicação ao público-alvo. A estratégia de liderança em custos é o que se busca, e por isto, os produtos tem que apresentar boas margens, permitindo preços competitivos (e se necessário, cada vez mais baixos).

Além disto, a “imagem da empresa” é fundamental, pois com isto, consegue-se algum diferencial competitivo, já que o preço, conforme já sabemos, não agrega valor as marcas por si só, e por isto, o investimento neste quesito, também é fundamental. Não podemos esquecer que com o aumento das restrições a promoção e propaganda de medicamentos, nos últimos anos pela ANVISA (agencia reguladora), começando com ajustes na promoção para os médicos, e recentemente, restringindo os produtos chamados OTC (“over the counter”, ou produtos sobre o balcão; produtos sem tarja vermelha, que voltaram para detrás do balcão); a propaganda chamada “institucional” ganhou grande espaço no budget das empresas, pois uma “boa empresa”, em todos os sentidos, deve produzir “bons medicamentos” para a população.

Também devemos pensar que estas empresas estão focando em serviços, já que na venda de “commodities” (se é que eles existem em termos de medicamentos, sobretudo similares), apresentar um diferencial importante para o público-alvo (no momento da venda, pós-venda, etc.) também será importante para sua sobrevivência no mercado.
Pensando em marketing, também o foco será na melhoria dos produtos, buscando também diferenças sobre os concorrentes (maior quantidade de comprimidos, embalagem diferente, “packs”, formulações diferentes, etc.).

Em resumo, se formos colocar isto em termos gráficos, teremos dois polos distintos no mercado – os similares e genéricos nas pontas, “pressionando” as marcas no centro, que cada perder cada vez mais participação, o que também deve “tirar o sono” de várias empresas, que sofrem como o setor todo, com a falta de inovações a curto ou médio prazo.

Enfim, o mercado farmacêutico deve apresentar muitas oportunidades nos próximos anos, para profissionais de diversas áreas, direta ou indiretamente, o que é algo muito positivo.

O acesso a medicamentos, de qualidade a grande parcela da população é algo importante, e condição “sine qua non” para a construção de uma sociedade mais equilibrada.