terça-feira, 27 de outubro de 2009

Rastreamento de remédios


A implantação do sistema nacional de rastreamento de medicamentos tem movimentado os fornecedores de tecnologia para a indústria farmacêutica. De acordo com lei sancionada em janeiro deste ano, que cria o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos, as fabricantes têm até o começo de 2010 para se adequar ao sistema.

A paulistana Active, especializada em sistemas de automação e informatização, já trabalha com dois laboratórios: Biolab e Aché. A empresa espera vender, em 2010, cerca de R$ 3 milhões em softwares que permitam que cada caixa de remédio passe a ser identificada por um número de série. Esse valor é quase metade do que a Active deve faturar neste ano.

Na avaliação do diretor da companhia, Márcio Moreti, o investimento em programas representará só 10% do que os laboratórios terão que desembolsar. Ele estima que cada linha de produção pode exigir investimentos de até R$ 500 mil. E ele lembra que alguns laboratórios possuem dezenas de linhas.


Indefinições


Outra empresa que fornecerá serviços para o rastreamento de medicamentos é a Siemens IT Solutions and Services, divisão de serviços de TI da Siemens. A companhia trará ao país a tecnologia que já utiliza na Europa, onde a identificação da produção pode custar, por linha, entre 300 mil a 1 milhão de euros, segundo o gerente demarketing da Siemens IT, Fernando Simões. A empresa, porém, não diz quanto cobrará pelo serviço no país, uma vez que ainda há poucas definições técnicas sobre o padrão do sistema nacional de rastreamento.

Apesar da proximidade do prazo final para a adequação da indústria, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ainda não fixou os detalhes técnicos do sistema. Por meio de nota, a Anvisa informa apenas que a escolha da tecnologia está em fase de finalização e que a implantação começa a partir do próximo ano.

Por enquanto, a única certeza dos laboratórios é que um tipo de código de barras em duas dimensões será utilizado nas embalagens. Questionado sobre o assunto, o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma), entidade que reúne 114 empresas e 80% da produção de medicamentos no Brasil, informou que no momento não se pronunciará sobre o sistema “por estar analisando e discutindo com seus associados algumas questões operacionais relativas à sua implementação”.

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